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Senador Suplicy propõe diálogo entre Kátia Abreu e o Greenpeace

Manifestantes realizaram protesto no Congresso pela preservação da AmazôniaO senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu na tarde desta terça, dia 2, que a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) estabeleça o diálogo com os integrantes da organização Greenpeace, que realizaram uma manifestação no Senado.

Os ativistas protestavam exatamente contra a presença da senadora na relatoria da Medida Provisória (MP) 458, que trata da regularização fundiária da Amazônia Legal.

Suplicy relatou que os manifestantes haviam sido encaminhados às dependências da Polícia Legislativa do Senado, para prestarem depoimento. Eles foram acusados de desacato a autoridade pública, por não haverem obedecido à ordem de encerrar aquela manifestação, não autorizada. O senador relatou que os manifestantes portavam uma serra elétrica de brinquedo e um machado, também de brinquedo. Uma jovem, que levava no rosto uma máscara com as feições da senadora, vestia uma faixa onde se lia: “Miss Desmatamento”.
   
O porta-voz do Greenpeace, Marcio Astrini, afirmou que se tratava de um protesto “pacífico e bem-humorado”. O objetivo da manifestação, parte da campanha “Chega de Desmatamento na Amazônia”, era que uma das manifestantes, mascarada com uma foto manipulada de Kátia Abreu, passasse à senadora a faixa de “Miss Desmatamento”.

Na opinião de Suplicy, “esse episódio poderia ser tratado com bom senso”. A seu ver, a senadora Kátia Abreu poderia explicar aos manifestantes os pontos de vista que tantas vezes defende no plenário do Senado.

? A senadora poderia explicar que ela não está querendo qualquer mal à Floresta Amazônica. Ela quer a produção de bens agrícolas, mas, ao mesmo tempo, preservando o meio ambiente ? afirmou Suplicy.
 
A MP 458 foi aprovada, com alterações, na Câmara dos Deputados, gerando o projeto de lei de conversão 09/2009, em análise no Senado. A medida, que tem a oposição dos ambientalistas, permite que a União transfira, sem licitação, terras que a ela pertençam na Amazônia Legal, de até 1,5 mil hectares, a quem já detinha a posse antes de 1 de dezembro de 2004.

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