Senadores querem estimular exportações brasileiras

Possibilidade de compensações comerciais, devido a acordo militar com a França, foi discutida em audiência públicaSenadores querem que acordo militar com a França tenha compensações comerciais para o Brasil. A intenção é estimular as exportações brasileiras. O assunto foi discutido nesta quinta, dia 24, em audiência pública no Congresso Nacional.

A discussão era para ser a crise financeira, mas o acordo militar do Brasil com o governo francês dominou o debate. No dia sete de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que compraria helicópteros e submarinos do país. Como a operação terá um custo de quase R$ 19 bilhões, os senadores questionaram se o governo estaria trabalhando também para firmar parcerias comerciais com a frança.

? Nós deveremos realmente ter a preocupação em, vou usar um termo lá do interior de Minas, uma “breganha”, e fazer uma discussão de compra também de material brasileiro ? disse o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge.

A medida seria uma alternativa para amenizar a queda das exportações registrada após o início da crise financeira. Segundo o ministro, nos primeiros oito meses do ano, as exportações somaram US$ 97,9 bilhões. Uma queda de 24,7%, já que no mesmo período do ano passado o valor passava de US$ 130 bilhões.

Para tentar retomar pelo menos os índices de exportação dos últimos anos, o ministro Miguel Jorge destacou que o governo federal aumentou o número de missões comerciais. Entre janeiro e agosto, já foram realizadas 17, e estão programadas mais nove até o final do ano, um esforço na tentativa de abrir novos mercados.

Os senadores também criticaram a taxa de câmbio. Para os parlamentares, em muitos casos, a baixa cotação do dólar reduz a lucratividade do exportador.

? Claro que um dólar em patamar diferente poderia ajudar, mas ajudaria muito mais uma recuperação rápida das exportações, se é que podemos esperar isto, mas é o que eu espero da economia mundial como um todo ? completou Miguel Jorge.