O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Embrapa lançaram na quinta-feira, 15, a categoria de cooperação bilateral denominada Aliança Agroindustrial – plataforma que vai abrigar projetos de pesquisa e inovação em sinergia com a indústria. O investimento inicial será de R$ 3,2 milhões para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação que contribuam para o setor.
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O Senai e Embrapa vão disponibilizar, cada uma, recursos de até R$ 1,6 milhão para distribuição, conforme regras pré-estabelecidas em acordo, informa o Senai. A Aliança Agroindustrial é uma das oito categorias existentes na Plataforma Inovação para a Indústria.
O processo de adesão à nova categoria, conta com início previsto para o dia 20 de abril. A contrapartida total das empresas deverá ser igual ou superior a 50% do recurso aportado pela Plataforma, que é de até R$ 800 mil por projeto. A duração máxima dos projetos será de 24 meses sem possibilidade de prorrogação.
No contexto da cooperação, o diferencial é que a Embrapa, Instituto Senai de Inovação (ISI) e a indústria elaboram a proposta, mas quem submete o projeto é a indústria.
A Plataforma está aberta à participação de empresas do setor industrial de todos os tamanhos, inclusive startups de base tecnológica. Para participar, é necessário enviar a ideia pela Plataforma de Inscrição, seguindo normas e cronogramas específicos de cada categoria.
O diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, informou em comunicado que “mais do que exportador de commodities, o Brasil deve passar a ser conhecido como país de origem e procedência de produtos agroalimentares com valor agregado, por isso o investimento numa rede de pesquisa e inovação para, em parceria com a indústria, tornar viável o investimento na criação de selos e certificações, associado a iniciativas de geomapeamento da biodiversidade brasileira”.
Apesar de ainda modestos, os recursos inicialmente aportados criam expectativas positivas com relação ao futuro da plataforma. “A forma como a Aliança Agroindustrial se organiza faz com que os recursos se multipliquem. Não temos dúvida sobre o potencial inovador dessa parceria que une a pesquisa aplicada pública e a indústria, com resultados de captura de valor para reinvestimento em ciência e ampliação dos impactos já positivos do agronegócio na economia brasileira”, avaliou na nota o presidente da Embrapa, Celso Moretti.