Em entrevista publicada nesta segunda-feira, dia 23, no jornal econômico britânico Financial Times, Gabrielli se mostra também a favor de modificar a legislação para captar mais receita para o Estado.
Estes comentários, diz o jornal, foram feitos após o descobrimento de possíveis grandes reservas de petróleo no litoral brasileiro, estimadas entre 50 bilhões e 70 bilhões de barris de petróleo, o que representa um avanço frente aos atuais 14,4 bilhões. Segundo a publicação, as reservas são suficientes para colocar o Brasil na frente da Rússia na lista de nações produtoras.
O presidente da Petrobras afirma que neste momento o país está mais concentrado em encontrar novas áreas de petróleo do que em falar do volume.
Mas a aparente segurança de encontrar petróleo nas novas áreas representa que utilizar o atual sistema de concessões seria convidar os investidores a “comprar um bilhete de loteria premiado, disse Gabrielli.
A reportagem relata ainda que, em virtude do atual sistema, as companhias petrolíferas compram concessões para buscar petróleo em blocos geográficos, em geral em associação com a Petrobras. E em troca do risco que isto representa, recebem o controle do petróleo que encontram, mas pagam direitos ao Estado.
A Petrobras explora atualmente o campo de Tupi em associação com a BG do Reino Unido e a Galp de Portugal.
Gabrielli especificou que não haveria mudanças nas concessões que já foram concedidas, mas as futuras explorações precisarão ser submetidas a novas regras.