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Sertanejo do Nordeste usa cultura regional para demonstrar sua fé

Vaqueiros e pequenos produtores nordestinos fortalecem suas crenças através de movimentos culturais típicos da regiãoO sol, o sertanejo, o cavalo, o boi e a fé. Estes sempre foram os personagens das histórias nordestinas. O cavalo, o boi e a terra são as paixões do vaqueiro. São a vocação natural, os sonhos e as esperanças dele. A fé, muito presente entre os sertanejos, muitas vezes é traduzida em diversão e alegria através da cultura regional.

Como uma figura centenária do Nordeste, o vaqueiro se mantém firme e encanta todas as gerações. Guy Rodrigues é o pai do pequeno Pedro, de 13 meses. Esta já é a quinta geração de vaqueiros na família e ninguém pensa em deixar a profissão.

A lida de Guy começa bem cedo, arreando o cavalo, tirando leite das cabras e cuidando dos animais da propriedade. Não é uma rotina fácil. A dedicação é a principal ferramenta e o dia, quase sempre, demora para acabar.

? Não tenho hora para voltar para casa. Às vezes, posso até dormir no mato ? disse o vaqueiro Guy Rodrigues.

Mas, para ser um bom vaqueiro, é preciso enfrentar desafios que podem colocar a vida em risco.

? O segredo do vaqueiro é ter coragem ? falou Guy Rodrigues.

Uma das maiores características dos vaqueiros é a fé. Várias vezes ao ano eles se reúnem para relembrar os amigos que já partiram. O resultado é uma grande mancha marrom no meio da caatinga, formada por milhares de vaqueiros.

Em outra região do Vale do São Francisco, a fé também se mistura à cultura sertaneja. Concília da Silva passa na lavoura rapidamente. Hoje não é dia de se dedicar à pequena plantação. Ela se arruma com capricho, pois vai para uma das mais tradicionais manifestações do Nordeste, a roda de São Gonçalo.

Os homens puxam a roda, mas quem faz o espetáculo são elas. E, mesmo quem já não pode mais dançar, acompanha a movimentação.

As rodas de São Gonçalo eram dançadas dentro das igrejas em Portugal, mas no Nordeste elas ganham grandes proporções e são dançadas nos terreiros das fazendas, misturando-se com fé, alegria e muita devoção ao santo.

A roda foi promovida pela agricultora Cícera Lima. Essa foi a maneira que ela encontrou de agradecer a um pedido que São Gonçalo atendeu. Agora, ela está retribuindo.

Atrás da casa de Cícera, várias pessoas trabalham duro para garantir a energia dos convidados. Com todos bem alimentados, a roda pode seguir por até dois dias.

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