Como em cada região do país a Embrapa desenvolve tecnologias para diferentes produtos, nesse protesto os alimentos variaram de acordo com o Estado.
? Essas são apenas algumas das tecnologias que a sociedade brasileira se beneficia e que talvez não tenha tanto conhecimento do trabalho que é realizado pela Embrapa ? justifica o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), no Distrito Federal, Vicente Almeida. No caso do abacaxi, uma fruta tipicamente azeda, a Embrapa Fruticultura desenvolveu um fruto mais doce.
Uma fila se formou em torno do caminhão onde as frutas estavam guardadas.
? Estava trabalhando e vi pela janela a movimentação, desci logo para ver o que era. Tudo o que é de graça a gente tem que aproveitar ? disse o auxiliar de escritório Rodrigo Fernandes.
Teve até quem aproveitou para levar fruta para a família toda.
? Já peguei quatro abacaxis, e vou para a fila de novo, pena que eu não sabia, senão tinha trazido uma sacola para levar ainda mais ? falou a dona de casa Sandra Goes.
A diretoria executiva da Embrapa deve retomar nesta quarta, às 15h, as negociações da pauta de reivindicação dos trabalhadores.
? Esperamos que a empresa venha para a mesa de negociação com uma proposta condizente com a proposta dos trabalhadores para que possa ser apreciada e então dar fim à greve ? ressalta o presidente do Sinpaf/DF.
Em Brasília, a Embrapa emprega cerca de 2,5 mil trabalhadores. Aproximadamente mil empregados participaram da manifestação que seguiu pela Esplanada até a porta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, órgão ao qual a Embrapa é subordinada.
A categoria decretou nessa terça, dia 28, greve por tempo indeterminado. As principais reivindicações dos trabalhadores são reajuste salarial de 10,51% (inflação + ganho real), aumento no valor do tíquete-alimentação, além da implantação do ponto eletrônico.