Sesan quer melhorar qualidade dos alimentos consumidos pela população pobre

Secretário Arnoldo de Campos informou que a Sesan pretende trabalhar com outros órgãos do governo para aumentar o acesso à água da população do NordesteA Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), que pertence ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), quer melhorar a qualidade dos alimentos consumidos pela população mais pobre, em especial os que são fornecidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal.

O objetivo foi anunciado nesta quarta, dia 27, pelo novo secretário, Arnoldo de Campos. Ele também informou que a Sesan pretende trabalhar com outros órgãos do governo para aumentar o acesso à água da população do Nordeste e de outras áreas afetadas pela seca.

Campos afirmou que é preciso fazer o cultivo com  menor quantidade de agrotóxicos e defensivos agrícolas, pois esses produtos “são utilizados em larga escala no país e afetam a saúde da população, especialmente dos mais pobres, que não têm condições de comprar alimentos de melhor qualidade”. Campos participou  de reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

– O combate à fome deixou de ser um desafio, uma vez que, nos últimos dez anos, houve melhora de emprego e de renda pelas iniciativas do governo em torno de novas políticas públicas, o que reduziu bastante o quadro da miséria que havia no país – destacou o secretário. 

A Sesan também quer trabalhar para a redução da obesidade entre a população carente, segundo o secretário.

– Apesar de ser um problema mundial, a obesidade aparece nas cidades mais pobres porque o povo tem menos  possibilidade de acessar alimentos de qualidade, por serem mais caros.  Eles também não têm acesso a equipamentos para a prática de esportes de forma a garantir uma vida mais saudável – acentuou.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, presente ao encontro, destacou a expansão, nos últimos anos, da construção de cisternas no Semi-Árido, prometendo que a política vai continuar porque é estratégica e prioritária para o MDS.  Está na pauta do ministério também a ampliação do PAA para que favoreça também a venda do produto nos assentamentos, segundo a ministra.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse no encontro que, “apesar dos avanços verificados nos últimos dez anos na área da agricultura familiar, em prol da segurança alimentar e da nutrição, isso não significa que não temos muito o que fazer ainda”. Ele lembrou que os trabalhadores que estão acampados têm direito de aderir ao cadastro único do governo federal para terem acesso às políticas públicas.