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Sétima maior empresa de agroquímicos quer dobrar vendas no Brasil em quatro anos

No lançamento da marca Adama, presidente da empresa pede mais agilidade do governo federal na aprovação de agroquímicosUma das maiores empresas do setor de agroquímicos no mundo anunciou nesta quarta, dia 14, sua nova estratégia de atuação no Brasil. Além de trocar o nome de Milênia Agrociências para Adama, a companhia quer ampliar as vendas no mercado brasileiro, ampliar o portfólio de produtos e investir em tecnologias digitais. Durante o anúncio do nome da empresa, feito na fábrica de Londrina, no Paraná, o presidente da empresa, Rodrigo Gutierrez, pediu mais agilidade do governo federal na aprovação de agroq

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Rodrigo Gutierrez diz que, além da mudança no nome, a empresa aposta no crescimento no mercado com base na infraestrutura de países como a China, onde a Adama tem parceria com outra grande indústria, a ChemChina, controlada pelo governo chinês. A empresa é líder no mercado de produtos pós-patente, ou seja, produzindo formulações com princípios ativos já patenteados no mercado. Agora, o plano é lançar um portfólio de produtos híbridos, aliando o uso dos princípios patenteados com produtos próprios, desenhados para atender demandas específicas dos produtores. Outra frente é o chamado espaço digital, com a criação de ferramentas que auxiliem o produtor rural na gestão dos insumos e aplicação dos produtos.

Com a nova estratégia, a empresa pretende checar a US$ 1 bilhão em vendas no mercado de agroquímicos brasileiro até 2018. Hoje as vendas representam US$ 460 milhões no mercado interno. No mercado mundial, a Adama teve faturamento superior a US$ 3 bilhões em 2013 e é a sétima maior empresa do setor agroquímico.

Liberação de novas moléculas

Durante o anúncio dos novos negócios, o presidente da empresa no Brasil falou também sobre o mercado de defensivos e as políticas para o setor. Gutierrez se mostra otimista com os rumos da política para a agricultura e diz que, pela primeira vez, estamos vendo agricultor, indústria e políticos juntos buscando soluções para o setor. Mas alguns pontos a liberação de moléculas precis de maior atenção.

Segundo Gutierrez, o Brasil precisa otimizar o processo de liberação de novas moléculas no combate a pragas e doenças, sem contudo comprometer a qualidade da produção. Segundo ele a estrutura de regulação no Brasil é subdimensionada, o que representa um risco para o setor, porque pode favorecer o contrabando. O governo precisa priorizar quem formula os produtos, diz ele.

– Produzir defensivos é difícil, produzir sem impurezas e mais difícil ainda – complementa.

O grande problema, segundo Gutierrez é que a estrutura de controle é muito pequena no Brasil.

– Temos entre 55, no máximo 60 pessoas trabalhando à frente da regulação nos órgãos oficiais como Anvisa e Ministério da Agricultura. Nos Estados Unidos são mais de 750 pessoas – aponta o presidente da empresa.

Gutierrez defende também o que ele chama de agricultura de forma integrada. Uma maneira de unir no segmento o sistema de produção com controle químico e biológico também. O presidente de uma das maiores empresas de defensivos no mundo garante que a indústria está preocupada com o uso excessivo de agroquímicos nas lavouras.

– Para o setor, o agricultor fazer várias aplicações não é bom. Reduz a lucratividade, aumenta a concorrência no setor e, por fim, a margem da indústria fica apertada – finaliza Rodrigo Gutierrez.

História

A Milênia Agrociências, nascida em 1998 da fusão entre as brasileiras Herbitécnica e Defensa, foi adquirida pelo grupo israelense Makhteshim Agan em 2001. Agora, o grupo unificou sua marca globalmente sob o nome Adama, que em hebraico significa terra.

A empresa é líder no mercado de produtos pós-patente, com atuação no segmento de defensivos agrícolas, intermediários químicos orgânicos e inorgânicos e produtos veterinários. No Brasil a Adama produz 170 milhões de litros de defensivos por ano nas fábricas de Londrina (PR) e Taquari (RS). A empresa tem mais de 4.500 colaboradores no mundo todo e atua em 120 países. O Brasil é responsável por 15% dos negócios do grupo.

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