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Setor agrícola deve cobrar dos novos governantes acesso à energia elétrica

Quem ainda vive no escuro sabe que, além de conforto, está perdendo oportunidades de prosperar na atividade agrícolaTer acesso à energia elétrica ainda é um sonho de muitas pessoas que moram em áreas rurais. Quem ainda vive no escuro sabe que, além de conforto, está perdendo oportunidades de prosperar na atividade agrícola.

Apenas com muito esforço e persistência o gerente de fazendo Edu José de Primo consegue acender a lâmpada que ilumina o velho motor a diesel. Enquanto a energia gerada pela máquina é conduzida por fios improvisados até a casa da família, ele repete um ritual diário. Um a um os eletrodomésticos são ligados. A tarefa é dividida com a esposa. Eles se acostumaram com o trabalho necessário para ter acesso a coisas simples, como um brinde com água gelada.

Primo foi contratado como gerente da fazenda há um ano. A rede de distribuição de energia elétrica não chega até a propriedade, que fica em Nova Ubiratã, a 480 quilômetros de Cuiabá. O gerador foi a única solução que ele encontrou. Diante do improviso, o conforto perde espaço, ficando mais difícil economizar. Se quisesse manter o gerador funcionando o dia inteiro, seriam necessários pelo menos 10 litros de óleo diesel, e o custo mensal atingiria R$ 700.

? Não posso pode deixar nossos filhos assistirem à televisão pela noite, já que a energia do gerador deve ser administrada ? diz Elisa de Primo, esposa do gerente.

A situação da família é comum nas áreas rurais. Milhares de agricultores brasileiros continuam aguardando que a rede de energia elétrica chegue até suas casas e esperam que os futuros governantes resolvam o problema.

A eletricidade que corre por fios como significa para muitas pessoas mais conforto, economia, progresso. Para outras, receber a energia praticamente na porta de casa representa a oportunidade de dar um salto. Uma mudança radical na qualidade de vida.
Há três anos, a energia elétrica transforma a vida de Jonas Gonçalves da Silva. Ex-catador de raízes, ex-empregado de uma fazenda, atualmente ele é agricultor familiar.

Na horta, berinjelas e quiabos crescem dividindo espaço com a plantação de melancias. Em uma região que enfrenta longos períodos de estiagem e onde a temperatura chega a 40 graus, o desenvolvimento das plantas só ocorre com irrigação.

? Depois que energia veio, mudou 100%. Não podia fazer irrigação, hoje posso, toda a horta é irrigada. Sem energia, não funciona ? avalia Silva.

A venda de verduras, frutas e legumes melhorou a renda familiar e deu um novo “status” ao agricultor.

? Antes eu era empregado, hoje sou patrão ? comenta rindo.

Orgulhoso com a própria história, Jonas quer servir de exemplo quando o assunto for a prosperidade gerada pela energia elétrica, e deixa um recado para os candidatos que forem eleitos em outubro:

?Espera que os próximos governantes ampliem a rede elétrica, levando energia para outras pessoas que dependem dela, enfatizando que sem energia não é possível produzir ? diz Silva.

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? A eletricidade na área rural é de suma importância para o desenvolvimento. Hoje, a energia é essencial, logística. Energia é fundamental para produzir mais, ser mais sustentável, gerar renda ? analisa o secretário de Agricultura de Nova Ubiratã (MT), Valdenir José dos Santos.

A energia é para produzir, para desenvolver a economia e para garantir a qualidade de vida de quem mora e trabalha no campo.

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