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Setor de algodão antecipa necessidade de leilão de Pepro para esta safra

Oferta internacional está elevada e safra brasileira deve ser 30% maior que anteriorCom os preços em queda, o setor de algodão já pede ao governo federal a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). Além do aumento de produção no país, o mercado também sofre o impacto do crescimento da oferta mundial.

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– Nós estamos na entressafra, que normalmente seria um bom negócio, e estamos numa armadilha. Não se sabe o que vai acontecer – relata o corretor Orlando de Almeida Prado Neto.

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– Diziam que ia ser uma catástrofe, porque não chovia. Conclusão: choveu na última semana que se esperava chover. A safra vem maior do que era a princípio esperada. Daí diziam que na Índia as monções estão atrasadas. Choveu na hora certa. Então, nós temos uma safra mundial grande – diz.

Segundo o corretor, já há negócios sendo realizados abaixo do preço mínimo do algodão que é de R$ 1,66 pela libra peso, ou R$ 54,90 pela arroba da pluma. Pelo Indicador Cepea/Esalq, o valor está cerca de 15% abaixo do registrado no ano passado.

– Diante do cenário de preços menores no segundo semestre, o setor já reivindica no Ministério da Agricultura a realização de leilões de Pepro, que possam dar subsídio ao cotonicultor e a garantia de preço mínimo da cultura – informa Neto.

Para o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão, Marco Antônio Aluisio, os preços internos vão ficar sujeitos à variação dos preços internacionais. A expectativa é que durante este período de maior oferta, os preços estejam abaixo do mínimo.

– A gente estava conversando e o setor vai buscar o apoio do governo pra garantia do preço mínimo – destacou Aluisio.

O último leilão de Pepro de algodão ocorreu em 2009. Aproximadamente 50% da safra brasileira deste ano teve a comercialização antecipada, com preços maiores do que os atuais, o que ameniza as perdas dos cotonicultores. A produção brasileira depende das exportações, porque a indústria nacional não consegue concorrer com o mercado externo.

– Se tivesse uma indústria forte aqui, o preço do algodão não estaria tanto na paridade de exportação. Hoje, em função de problemas de logística, Custo Brasil, impostos, muitas vezes a gente exporta o algodão brasileiro para os países da Ásia, e acaba voltando a roupa pronta mais barata do que se fosse produzida aqui. Uma questão da indústria que nos últimos anos não tem conseguido competir – esclarece Aluisio.

Fontes no Ministério da Agricultura afirmam que o governo está preocupado com a queda de preços do algodão, mas ainda não há qualquer definição quanto à realização de um leilão de Pepro este ano.

Assista à reportagem:

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