O setor cigarreiro, que industrializa o tabaco, no entanto, não pode dizer o mesmo. De acordo com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, com sede em Santa Cruz do Sul (RS), no início da década de 1990, auge da produção no Brasil, eram consumidos no país 178 bilhões de cigarros por ano. Hoje, esse número não passa de 100 bilhões por ano. Segundo o presidente da Câmara Setorial, Romeu Schneider, por conta do mercado ilegal, o Brasil ainda deixa de somar outros 60 bilhões de cigarros por ano.
No entanto, as exportações em alta não impedem que regiões em que o tabaco está na base da economia busquem alternativas para a diversificação. De acordo com a Associação de Fumicultores do Brasil, 35% da renda dos produtores do setor já vêm de culturas como o milho e feijão. Em relação à proibição dos fumódromos e aumento dos impostos, o setor afirma que a nova regra privilegia o mercado ilegal.
? Isso joga pessoas na ilegalidade e para o consumo de um produto de qualidade inferior e sem controle sanitário ? critica Schneider.