O representante do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke, defendeu a permanência do tabaco na lavoura do país. Para ele, o Brasil não pode deixar de ser um dos maiores pólos industriais de beneficiamento do produto no mundo.
– Nós defendemos a diversificação nas propriedades dos pequenos agricultores desde que o tabaco faça parte dessa diversificação. Até porque o tabaco é o que gera mais renda para o pequeno produtor – afirma Schünke.
Em 2003, o Brasil assinou uma convenção internacional sobre controle do uso do tabaco, proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A proposta prevê uma série de medidas de proteção ao meio ambiente e a saúde de pessoas expostas à fumaça do cigarro.
De acordo com o técnico do Ministério do Desenvolvimento Agrário Nilton Pinho de Bem, o governo federal deve auxiliar os fumicultores na tarefa de substituir, aos poucos, o tabaco por outra atividade que gerem renda para quem depende do campo para poder sobreviver.
– Teremos um processo de diálogo com os agricultores, um processo de assistência técnica, em que alternativas rentáveis e adequadas à estrutura produtiva dos agricultores familiares são colocadas, para que eles redesenhem os seus sistemas de produção – afirma o técnico.