No mercado interno, a situação é diferente. O consumo interno está em queda e o número de propriedades que cultivam o fumo, também. O presidente do Sindicato da Indústria de Fumo do Rio Grande do Sul, Iro Schunke, disse nesta segunda, dia 29, que a exportação é o grande negócio da cadeia produtiva do fumo.
? Exportamos 85% do que produzimos nos três Estados do sul. Nosso grande negócio é o mercado externo ? afirmou, em entrevista ao Agribusiness Online, nesta segunda, dia 29.
De acordo com Iro Schunke, a cadeia produtiva do fumo envolve cerca de 400 mil pessoas só no Rio Grande do Sul. Considerando os três Estados do Sul, o contingente sobe para 800 mil pessoas, sendo boa parte da agricultura familiar.
? A cadeia produtiva do fumo faz com que esses pequenos agricultores familiares fiquem no campo e mantenham a atividade ? acrescentou Schunke.
Restrições
Representante de uma cadeia produtiva cada vez mais ameaçada por restrições, Iro Schunke informou que o setor fumageiro tem procurado estimular o cultivo de outros produtos conciliado com o de fumo. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Fumo do Rio Grande do Sul, entre as rotações mais utilizadas, estão milho e feijão.
? O produtor pode fazer a produção de milho e feijão mais barata, utilizando o próprio fertilizante existente na lavoura.
Segundo ele, mesmo com a assinatura da Convenção-quadro para o Controle do Tabaco, feita por vários países, a demanda por cigarros vai aumentar no mundo. Por isso, a orientação que o Sindicato tem feito aos produtores é o de manter a produção.