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Setor de máquinas agrícolas da Argentina teme problemas com Brasil

Governo vizinho começou a regular as importações locais do setorEmpresários argentinos do setor de máquinas agrícolas temem represálias do Brasil por causa das restrições do governo de Cristina Kirchner à importação dos produtos.

? Pode haver tensões com o Brasil pela demora na concessão de licenças de importação aos produtos provenientes do país vizinho ? reconheceu o vice-presidente da Câmara de Fabricantes de Maquinaria Agrícola (Cafma), Carlos Castellani.

Segundo ele, o governo começou a regular as importações locais do setor há quase um ano, mas a situação piorou nos últimos dois meses.

Para Castellani, “a política de restrição tem que ser muito cautelosa porque, além de travar a importação do produto de outro país, pode também travar a produção local que, às vezes, depende de algum elemento importado”. Ele disse que o assunto deve ser tratado nesta quarta, dia 10, na reunião do comitê bilateral que acompanha o comércio entre os dois países. O Brasil possui 65% do mercado argentino de máquinas e tratores, conforme estimativas da Associação de Fábricas Argentinas de Tratores (Afat).

O governo argentino está preocupado com o aumento das importações, que somente no primeiro semestre foi de mais de 70%. A ministra de Indústria, Débora Giorgi, está decidida a tentar reverter – ou pelo menos interromper a tendência de alta – o déficit nesse segmento e no de autopeças. Além das licenças não automáticas para as máquinas e tratores, Giorgi lançou um programa de estímulo aos fabricantes de autopeças locais.

Assessores do secretário de Indústria, Eduardo Bianchi, informaram à Agência Estado que a agenda, embora ampla, vai focar o setor de automóveis, responsável por 30% do comércio bilateral. Bianchi se reunirá com o secretário de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Welber Barral. Haverá uma reunião do Comitê Automotivo para discutir as “assimetrias” no fluxo comercial entre os dois sócios.

? Existe uma situação paradoxal que envolve esse setor porque, na medida em que aumentamos a produção de automóveis para atender à demanda do Brasil, aumentamos também o déficit em autopeças devido à grande participação de peças importadas na fabricação dos veículos argentinos ? explicou um dos assessores.

A Argentina quer aumentar a participação das peças locais na montagem dos automóveis antes de 2013, quando está prevista a liberalização comercial do setor entre os dois sócios. O acordo automotivo atual, renegociado em junho de 2008, estabelece que a Argentina pode exportar automóveis e peças por até US$ 2,50 para cada dólar que importa, enquanto que o Brasil pode exportar US$ 1,95 para cada dólar importado.

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