O crescimento da produção no campo, principalmente com a grande safra de grãos e também o aumento no preço de commodities, como soja e milho, são motivos para o bom momento do setor de máquinas agrícolas. O acesso ao crédito é outro fator importante.
– Hoje, nós temos uma linha através do BNDES com juros de 3,5% ao ano para o agricultor. A produção agrícola positiva, somando com a disponibilidade de crédito, faz com que o agricultor invista cada vez mais no seu negócio, invista em tecnologia e proporcione uma maior produtividade na agricultura nacional – diz Alexandre Vinícius de Assis, gerente de vendas da Valtra.
Mas o bom momento das fornecedoras de máquinas para o agronegócio é uma exceção. Outros setores da economia não estão no mesmo ritmo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou que no primeiro semestre deste ano houve queda da produção industrial, com redução do número de trabalhadores e dos lucros, além de aumento da ociosidade das fábricas e dos estoques.
A valorização do dólar, cotado acima de R$ 2,20, deve ser transferida para os preços dos equipamentos e já preocupa a indústria de máquinas agrícolas, que espera queda nas vendas para o próximo ano.
– Hoje a nossa linha de produtos é dependente de muitos itens importados. Se o câmbio varia para cima, consequentemente isto é repassado para o custo de produção e para o agricultor – aponta Assis.