O ministro da Agricultura Blairo Maggi marcou presença nesta sexta, dia 4, o último dia da Agrishow, maior feira de agronegócio da América Latina, que acontece nesta semana em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Durante a visita, ele se reuniu com lideranças do setor para discutir as condições no Plano Safra Agrícola e Pecuário 2018/2019, que entra em vigor a partir do dia 1º de julho.
Blairo disse que vai se reunir com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, na próxima terça-feira, dia 8, para discutir as condições do plano. O ministro foi realista e afirmou que o setor não deve esperar grande redução na taxa de juros. “Não vamos esperar grandes reduções de taxa de juros em função das condições que estamos vivendo.”
Para o ministro da Agricultura, a tendência para o próximo ciclo agropecuário é que aumente a participação de bancos privados no financiamento: “O Brasil precisa em torno de R$ 360 bilhões de capital de giro por ano, e o Plano Safra coloca R$ 150 bilhões. Então tem muito dinheiro de outros setores e bancos que estão chegando. E a ideia é que cada vez mais bancos apareçam e façam operações diretas”.
Ao fim da entrevista, Blairo ainda respondeu sobre as denúncias da Procuradoria Geral da República sobre suposta participação no esquema de compra e venda de vagas no Tribunal de Contas de Mato Grosso em 2009, quando ele era governador. “Eu posso dizer com toda tranquilidade que não pratiquei o que lá está dito. Agora o Ministério Público tem o direito de fazer as acusações, e eu vou me defender dentro dos processos”, disse o ministro.