Setor de Panificação quer diminuir acidentes de trabalho

Empresas e entidades pesquisam normas para que processos produtivos sejam mais eficientes e segurosO Sebrae, a Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos de Panificação (Abiepan), a Associação Brasileira da Indústria e Confeitaria (Abip), a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) estão desenvolvendo em conjunto normas e diretrizes para diminuir os acidentes de trabalho e deixar as atividades mais seguras no setor de panificação.

Regina Diniz, coordenadora da carteira da Indústria de Alimentos do Sebrae, diz que este ano haverá capacitações de empresários em todo o país para que eles se adequem à Norma Regulamentadora (NR) 12. Publicada em 24 de dezembro de 2010 pela ABNT, a NR 12 diz respeito à segurança em máquinas e equipamentos. Ela estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, definindo referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção que devem ser observados para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

? Estamos envolvidos também na construção de outras normas junto com essas entidades. Nosso objetivo é ajudar a sustentabilidade de todo o setor da panificação ? conta Regina Diniz.

O Inmetro e Sebrae desenvolvem um selo de eficiência energética para fornos elétricos em padarias.

? Os fornos terão o mesmo selo de eficiência energética que as geladeiras possuem hoje. São projetos estruturantes para todo o segmento ? diz a coordenadora.

Crédito

Segundo o gerente executivo da Abiepan, Armando Taddei, as empresas de equipamentos têm 180 dias desde a data da publicação para se adaptarem à NR 12. Para as padarias, a adequação começa daqui a seis meses.

? As pequenas panificadoras, aquelas com até dez funcionários, terão de 36 a 66 meses para alterarem seus equipamentos ? informa Armando.

Para colocar em prática rapidamente as substituições de equipamentos e de projetos, o setor, segundo Taddei, reivindica ao governo federal a criação de linhas especiais de crédito, principalmente para as pequenas empresas. Regina Diniz, coordenadora da carteira da Indústria de Alimentos do Sebrae, diz que a Unidade de Acesso a Serviços Financeiros da instituição estuda com o governo formas de viabilizar crédito aos pequenos empreendimentos da cadeia de panificação.