Conforme a Polícia Militar, 8,5 mil pessoas fizeram barulho pelas ruas da cidade.
– Como nós conseguimos tirar o Collor, votar para presidente, nós brasileiros que temos vergonha na cara de ver como está este país, nós vamos também fazer uma mudança nele – declarou a dentista Isabel Bortoletto, que protestou batendo panela.
A maioria vestiu verde e amarelo e levou a bandeira do Brasil. As cores da pátria também coloriram as caras. Os manifestantes levaram cartazes, pedindo a reforma política e o fim da corrupção.
– Do jeito que está, está ruim, não está? Então, tem que melhorar – diz Ivana França, escritora.
A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana) foi uma das organizadoras do protesto. Oportunidade para criticar as políticas do setor sucroenergético, que é muito forte na região.
– O etanol que é uma energia nossa, o sucroenergético sendo deixado de lado pelo governo. Quando nós soubemos que ia ter este movimento, nos engajamos, tomamos a frente – afirmou Arnaldo Bortoletto, presidente da Coplacana.
O vice-presidente, José Coral, também esteve presente e citou a crise que o setor enfrenta nos últimos anos:
– Pela grande dificuldade que nós estamos passando, pela falência das usinas, pela falência dos fornecedores, desaparecendo diariamente. Então, é humanamente impossível que um combustível limpo, renovável, seja esquecido por causa do Pré-Sal – pontou.
Depois de sair em passeata pelas ruas do centro de Piracicaba, os manifestantes se reuniram na Praça José Bonifácio
– A gente não está suportando mais estas coisas que vêm acontecendo, muita corrupção, muita roubalheira. A gente vê que não tem medida pra este pessoal que rouba, não têm leis para eles, eles não fazem nada – diz Éverton Henrique da Rosa, metalúrgico.