Setor do tabaco tem programa pioneiro na devolução de embalagens de agrotóxicos no Sul do país

Ao todo, 570 municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina recebem a coleta em mais de 2.600 localidadesUm programa pioneiro no descarte adequado de embalagens vazias de defensivos tem chamado a atenção no Sul do país. As atividades incentivam os produtores rurais na conscientização ambiental e fazem parte do Dia Nacional do Campo Limpo. >>Saiba como o Brasil se tornou modelo no recolhimento de embalagens de agrotóxicos

O Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, é desenvolvido anualmente de forma itinerante pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas, em parceria com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Ao todo, são 570 municípios e 2.600 localidades de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Com 12 anos, o programa é sucesso entre os produtores de tabaco: já foram mais de 10 milhões de embalagens recolhidas, inclusive de outras culturas. No Paraná, iniciativas semelhantes realizadas pelas centrais locais são apoiadas pelas empresas associadas ao SindiTabaco.

Nos dez hectares de fumo que possui em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, região tradicional da cultura, o produtor Joel Junkher repete a mesma rotina em todas as safras. Ele faz o descarte adequado das embalagens vazias dos agrotóxicos já usados na lavoura.

No RS, o sistema de coleta itinerante funciona de forma programada em oito centrais de recebimento. Os produtores são avisados com antecedência sobre as datas e locais onde o material deve ser recolhido.

Tabaco entre as culturas que menos utiliza agrotóxico

De acordo com pesquisas conduzidas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq -USP), a cultura do tabaco está entre aquelas que utilizam menos ingredientes ativos por hectare, em torno de 1,1 kg de IA/HA. Em plantações de outras culturas de alimentos este número sobe para mais de 30 quilos por hectare.

– É importante lembrar que os investimentos em pesquisas realizados pelas empresas tem tornado a lavoura de tabaco brasileira a cultura de interesse econômico que menos utiliza agrotóxico. Isso se chama responsabilidade ambiental e promove a sustentabilidade do negócio – diz o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.

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