Mesmo sem usinas novas previstas no curto prazo, o governo prevê a necessidade de construção de 40 plantas industriais no período, com um aumento da oferta de cana de pouco mais 600 milhões para 1 bilhão de toneladas de cana.
O total de usinas necessárias para ampliar a demanda de cana corresponde ao número de unidades fechadas com a crise iniciada em 2009, considerada hoje uma das piores da história.
– [A crise] ainda é reflexo de 2009, iniciada com a crise financeira seguida de duas crises climáticas e mais uma agora. Não deu fôlego para o setor reagir – afirmou Caldas, durante palestra em Sertãozinho (SP). O coordenador de Açúcar e Etanol do Ministério da Agricultura citou ainda os investimentos necessários para a produção de energia cogerada a partir do bagaço da cana em um cenário de crise de abastecimento.
– Há o risco de abastecimento de energia elétrica e precisamos mudar a ideia de energia proveniente das águas e eólica. Ano que vem essa luz vai acender e outros órgãos do governo vão perceber que é preciso de contrato de longo prazo de energia elétrica para garantir a oferta – afirmou.