Setor do trigo prevê preços abaixo do mínimo de garantia no segundo semestre

Custo de produção do cereal subiu nesta safra 8%, para R$ 600/tonelada, superando o preço mínimo estipulado pelo governo federal de R$ 531/toneladaAs boas cotações do trigo registradas neste ano, impulsionadas pela quebra de produção e pelos problemas de qualidade das safras argentina e brasileira, não devem se repetir no próximo ciclo. A tendência é de que o cereal seja comercializado a valores abaixo do preço mínimo de garantia, estipulado pelo governo federal em R$ 531/tonelada, avalia o superintendente da Federação das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Tarcísio Minetto. A próxima safra nacional de trigo chega ao mercado no

Neste ano, devido aos problemas de oferta, o trigo nacional está sendo comercializado em algumas praças a preços acima da paridade com o produto importado. Minetto observa que as informações apresentadas pelas indústrias mostram que as importações do cereal de fora do Mercosul atingiram até agora 400 mil toneladas das duas milhões de toneladas que estão livres da incidência da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10% entre abril a julho deste ano. Ele acredita que o volume importado deva ficar em torno de 1,5 milhão de tonelada.

Segundo Minetto, na próxima safra o setor voltará a depender do apoio do governo à comercialização e para sustentar preços, por meio da retirada do mercado de parte do excesso de produção, visando a recompor o estoque oficial de trigo, que chegará ao final da safra atual praticamente zerado, uma vez que estão sendo realizados leilões para atender os moinhos. Ele observa que o custo de produção subiu nesta safra 8%, para R$ 600/tonelada, superando o preço mínimo de garantia. O superintendente da Fecoagro participou hoje em Brasília da reunião da Câmara Setorial de Produtos de Inverno do Ministério da Agricultura.

Agência Estado