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Show Rural destaca práticas sustentáveis a partir desta segunda, no Paraná

Entre as novidades apresentadas no evento estão duas novas cultivares de mandioca levadas pelo IaparA 24ª edição do Show Rural Coopavel, no Paraná, que começa nesta segunda, dia 6, destaca a "Sustentabilidade, Biotecnologia, Inovação e Proteção Ambiental". O evento, que segue até a próxima sexta, dia 10, tem como objetivo a difusão de tecnologias voltadas ao aumento de produtividade de pequenas,médias e grandes propriedades rurais. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, visitará a mostra, na qual o órgão conta com estande institucional, no primeiro dia. Já n

O Show Rural acontece anualmente em uma área de 72 hectares. No ano passado, cerca de 188 mil visitantes e 370 expositores estiveram na feira. O evento é referência mundial e recebe as principais empresas internacionais de pesquisa e de equipamentos, lança novos produtos e tecnologias e antecipa as principais tendências para o agronegócio.

Embrapa

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participará do Show Rural com a “Casa da Embrapa”. No espaço, apresentará tecnologias voltadas à sustentabilidade da produção, agricultura de baixa emissão de carbono e incremento de renda por meio da agregação de valor nas propriedades. Na vitrine de tecnologia serão demonstradas cultivares de soja, milho, sorgo, feijão e forrageiras.

Exemplos de adubação verde, fixação biológica do nitrogênio, controle biológico das pragas, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, rotação de culturas e plantio direto na palha também serão apresentados como métodos de contribuição para a redução da emissão de gases de efeito estufa pelo setor agropecuário.

Iapar apresenta novas cultivares de mandioca

A área do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) no Show Rural, apresentará duas novas linhagens de mandioca. A IPR União é dirigida ao setor industrial, por ter alto teor de amido, conforme o pesquisador da entidade Mario Takahashi.

– Isso é tão importante que as empresas remuneram o produtor de acordo com o teor de amido – diz.

Ele salienta que a IPR União produz 20% a mais da substância que a média das outras variedades, o que representa ganhos na comercialização de até 30%. Takahashi afirma também que a linhagem é considerada tardia porque o ideal é que seja colhida entre 15 e 24 meses após o plantio. Em relação à produtividade, o pesquisador faz uma ressalva.

– A União produz praticamente a mesma coisa que outras variedades. Mas como o mais importante é o teor de amido, ela cumpre bem o seu papel – aponta.

A outra cultivar a ser demonstrada pelo Iapar é voltada ao consumidor final. Conhecida como Ivar, em homenagem ao produtor que cedeu material básico para pesquisas, ela leva em torno de 20 minutos para cozinhar, quando a média é de 30. No que diz respeito à saúde, Takahashi salienta outro aspecto importante.

– A Ivar tem alto teor de carotenóide, que é o precursor da vitamina A. Logicamente não podemos comparar com outros alimentos, como a cenoura, mas essa mandioca poderá suprir parte das necessidades diárias de ingestão dessa vitamina – argumenta.

Para o agricultor, também há benefícios. Ele colhe a mandioca um ano após o plantio, quando a maioria dos produtores já colheu e vendeu a produção.

– Isso possibilita preços melhores na comercialização, porque a oferta do produto será bem menor – afirma o pesquisador.

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