O Show Rural acontece anualmente em uma área de 72 hectares. No ano passado, cerca de 188 mil visitantes e 370 expositores estiveram na feira. O evento é referência mundial e recebe as principais empresas internacionais de pesquisa e de equipamentos, lança novos produtos e tecnologias e antecipa as principais tendências para o agronegócio.
Embrapa
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participará do Show Rural com a “Casa da Embrapa”. No espaço, apresentará tecnologias voltadas à sustentabilidade da produção, agricultura de baixa emissão de carbono e incremento de renda por meio da agregação de valor nas propriedades. Na vitrine de tecnologia serão demonstradas cultivares de soja, milho, sorgo, feijão e forrageiras.
Exemplos de adubação verde, fixação biológica do nitrogênio, controle biológico das pragas, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, rotação de culturas e plantio direto na palha também serão apresentados como métodos de contribuição para a redução da emissão de gases de efeito estufa pelo setor agropecuário.
Iapar apresenta novas cultivares de mandioca
A área do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) no Show Rural, apresentará duas novas linhagens de mandioca. A IPR União é dirigida ao setor industrial, por ter alto teor de amido, conforme o pesquisador da entidade Mario Takahashi.
– Isso é tão importante que as empresas remuneram o produtor de acordo com o teor de amido – diz.
Ele salienta que a IPR União produz 20% a mais da substância que a média das outras variedades, o que representa ganhos na comercialização de até 30%. Takahashi afirma também que a linhagem é considerada tardia porque o ideal é que seja colhida entre 15 e 24 meses após o plantio. Em relação à produtividade, o pesquisador faz uma ressalva.
– A União produz praticamente a mesma coisa que outras variedades. Mas como o mais importante é o teor de amido, ela cumpre bem o seu papel – aponta.
A outra cultivar a ser demonstrada pelo Iapar é voltada ao consumidor final. Conhecida como Ivar, em homenagem ao produtor que cedeu material básico para pesquisas, ela leva em torno de 20 minutos para cozinhar, quando a média é de 30. No que diz respeito à saúde, Takahashi salienta outro aspecto importante.
– A Ivar tem alto teor de carotenóide, que é o precursor da vitamina A. Logicamente não podemos comparar com outros alimentos, como a cenoura, mas essa mandioca poderá suprir parte das necessidades diárias de ingestão dessa vitamina – argumenta.
Para o agricultor, também há benefícios. Ele colhe a mandioca um ano após o plantio, quando a maioria dos produtores já colheu e vendeu a produção.
– Isso possibilita preços melhores na comercialização, porque a oferta do produto será bem menor – afirma o pesquisador.