Em toda a safra de arroz, o processo é o mesmo: plantio, colheita, armazenagem e venda. Porém, muitos produtores não valorizam a etapa de armazenamento, que é fundamental para a qualidade do grão. Cuidados com umidade e calor excessivo previnem mofo e a proliferação de pragas.
O produtor e engenheiro agrônomo Carlos Alberto pensa diferente. Com uma produtividade de nove mil quilos por hectare, ele investiu mais de R$ 3 milhões em silos. Ele aponta ainda que é preciso estar atento aos detalhes das novas tecnologias relacionadas à cultura.
– Muitas vezes os aeradores que vêm no próprio silo não são suficientes, então tu precisas ter algum exaustor adicional, para manter um equilíbrio e evitar a condensação desse produto – afirma o engenheiro.
– A armazenagem agrega valor e as pessoas não estão acostumadas a calcular isso. Nós podemos agregar facilmente 3% a 7% com algumas adequações durante o período que o grão fica armazenado – aponta o empresário Julio Espel.
Um exemplo de tecnologia destinada à armazenagem é o resfriador elétrico de grãos. O equipamento possui seis tamanhos e oferece uma capacidade de armazenas de 90 a 1.100 toneladas de arroz por dia, em uma temperatura média de 15°C.
– A ideia fundamental do resfriamento é manter qualidade da lavoura e evitar a prática de uso de inseticidas. É uma tecnologia ecologicamente correta, não agride o meio ambiente, e preserva as características e a propriedade do grão intactos – explica o expositor Antonio Pomina.