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Sindicatos rurais de Mato Grosso voltam a entrar na Justiça contra a Monsanto

Eles são contra o acordo que colocou fim a brigas envolvendo os pagamentos dos royalties da soja transgênica RR1Representantes de três sindicatos rurais de Mato Grosso voltaram a entrar na Justiça contra a Monsanto. Eles são contra o acordo que colocou fim às brigas envolvendo os pagamentos dos royalties da soja transgênica de primeira geração.

>>Entenda a polêmica que envolve a cobrança de royalties da Monsanto sobre soja transgênica no Brasil

No dia 25 de julho a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso e presidentes de 47 sindicatos rurais do Estado, assinaram um acordo proposto pela multinacional que garante uma condição especial para a compra das sementes de soja transgênicas de segunda geração, a RR2. Os produtores vão ter direito a um desconto de R$ 18.50 por hectare. O benefício vai ser dado aos agricultores que desistirem de cobrar da Monsanto valores pagos pelos royalties da soja RR1, de primeira geração.

A ação corre na justiça desde 2012, com o argumento de que a validade da patente terminou no dia 31 de agosto de 2010. A dívida da empresa com os sojicultores do país é de R$ 2 bilhões. Só com os produtores do Mato Grosso, chega a R$ 500 milhões. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja MT), Carlos Favaro, defende o acordo.
 
Segundo fontes ouvidas pela nossa reportagem, além do desconto no valor que vai ser cobrado pela intacta, para fechar o acordo, a Monsanto também teria repassado dinheiro diretamente a entidades como Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Aprosoja e sindicatos rurais. Cada uma das partes teria recebido cerca de R$ 2 milhões. O vice-presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires, afirma que jamais foi favorável a esse acordo. Para ele, os produtores estão saindo no prejuízo.
 
As informações que circulam nos bastidores das negociações dão conta ainda que a Monsanto direcionaria R$ 5 milhões para um plano de mídia em conjunto com a Famato.

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