Embrapa, Emater/RS-Ascar e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), responsáveis pelo sistema de alerta, vão repassar as informações sobre a situação da semana através de contatos diretos com os agricultores e por meio de jornal, rádio, televisão, internet e impressos. O produtor poderá saber qual a real e atual posição sobre a possível infestação e se armar para combater a mosca. Serão fornecidas orientações, com base nos dados coletados, sobre quais tratos deverão ser adotados nos pomares.
Substância à base de proteína
O monitoramento será feito semanalmente em uma região que abrangerá Pelotas, Morro Redondo e parte de Canguçu – os três municípios respondem por praticamente toda a produção de pêssego da metade sul gaúcha. Índices de presença da mosca em cada região serão relacionados a dados meteorológicos, principalmente chuva e temperatura, para formar o panorama da situação e guiar os passos a serem dados.
De acordo com pesquisador da Embrapa para Clima Temperado, Dori Edson Nava, a arma mais indicada para combater a mosca-das-frutas é a isca tóxica. Trata-se de aplicar, em partes do pomar, uma substância à base de proteína que servirá de atrativo alimentar ao mesmo tempo em que, carregada com um agrotóxico, matará o inseto. Como o produto atrai a mosca, não é preciso fazer a aplicação em todo o pomar, como ocorre na aplicação por cobertura – quando o inseticida é aplicado sobre toda a área de cultivo.
Para o extensionista da Emater/RS-Ascar Luis Carlos Migliorini, o Sistema de Alerta representa a retomada de tecnologias alinhadas à preservação ambiental e aos recursos naturais, pois o uso de armadilhas com isca tóxica irá possibilitar não só a presença do técnico na propriedade, mas o monitoramento pelo próprio agricultor.