O novo sistema irá contar com a participação de todos os segmentos ligados à cotonicultura, como a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), além da BM&FBovespa e Bolsa Brasileira de Mercadoria (BBM). A Abrapa irá arcar com o custo de 0,05% sobre o valor da arroba do algodão em pluma para que o agricultor possa inserir as informações no sistema.
Sérgio De Marco explicou que, embora a adesão dos agricultores ao sistema seja voluntária, a participação será expressiva, pois a transparência nas transações é de interesse de todo setor. As informações darão mais confiabilidade às operações da cadeia produtiva, facilitando a criação de políticas de apoio à produção, além de viabilizar o ordenamento da oferta do produto e a estabilidade dos preços.
Ele citou como exemplo o fato de neste ano os produtores estarem prestes a iniciar a colheita de uma safra de 2 milhões de toneladas, com projeção de estoque de passagem de 200 mil toneladas de pluma. Segundo ele, apenas 40% da safra nova foram comercializados, o que demonstra a necessidade de o governo lançar mão dos leilões de opções de venda para sustentar os preços da pluma, que estão em queda e devem ficar abaixo dos R$ 1,45 por libra peso.