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O agendamento precisa ser feito na cidade de origem da carga. Assim que chegar ao Estado de São Paulo, os veículos serão direcionados para pátios de triagem, onde vão ser cadastrados e agendados para viagem. Depois de encontrada a vaga, o caminhão recebe a informação do horário para prosseguir com a viagem até os terminais portuários. O sistema vai contabilizar os pedidos e retornará para cada terminal a cota que será atendida.
– Se você tem a infraestrutura fora da cidade para que aquele caminhão possa permanecer com segurança, ele só entre na cidade seguindo um agendamento, aí essa relação tem condições de funcionar. Do contrário eu não vejo sucesso nisso não – disse o diretor da Seção de Transporte Aquaviário da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e diretor-executivo da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), André Zanin.
– É um sistema informatizado que vai fazer uma triagem da chegada do navio. Vai ser alimentado esse sistema com informações sobre embarque. Esse sistema vai estabelecer as janelas de chegada de cada navio com seu respectivo embarque procura fazer essa sincronização – salienta o Ministro-Chefe da Secretaria Especial de Portos da Presidência, Antônio Henrique da Silveira.
De acordo com Zanin, o sistema já deveria ter sido implantado há mais de seis, quando o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) do Porto de Santos, exigiu que houvesse maior controle da chegada dos caminhões, a fim de evitar o caos que foi vivido na última safra.
– É difícil dizer se um sistema único vai resolver a questão. Porque a Codesp, que é autoridade portuária do Porto de Santos, que conhece bastante desse problema, tem tentado nos últimos anos também resolver essa questão, mas os resultados não têm sido visíveis. Agora, a gente tem notícia que a Secretaria Especial de Portos (SEP), tem trabalhado a questão da carga inteligente, VTMS, que são sistemas para tentar ordenar tanto o fluxo de navios quanto o fluxo de cargas. E tem se falado muito na questão de agendamentos – destaca.
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O Porto de Santos vai ser o primeiro a receber o sistema, já que é responsável pelo escoamento de mais da metade da safra agrícola do país. Ainda este mês o governo vai fazer reuniões e solicitar estudos para saber o número de caminhões que deve se dirigir ao porto no próximo ano. Em janeiro o modelo começa a ser testado e deve entrar em vigor em fevereiro.
– Agora, questão de agendamento precisa ter de fato infraestrutura para que isso aconteça, ou seja, você tem que tem um bolsão, você tem que ter um estacionamento com infraestrutura, principalmente voltado ao motorista, que ele tenha condições – tenha banheiro, tenha lugar para alimentação, tenha mecânico e segurança – disse Zanin.
– Se você não fiscalizar, ou seja, garantir que só entra no porto quem está agendado, então o agendamento eletrônico não funciona. É importante a gente saber, tomar conhecimento quais são os procedimentos que serão implementados. É necessário fiscalização e integração entre os estacionamentos, entre os pátios reguladores, tanto aqui na baixada, no planalto paulista, nas estradas – salienta o analista de portos, Sério Aquino.
>> Governo criará sistema para sincronizar chegada de caminhões e navios no Porto de Santos
