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Situação precária de rodovias estaduais prejudica produtores rurais de Mato Grosso

Trechos da MT-010 e da MT-240 estão entre os mais danificadosA situação precária de algumas rodovias de Mato Grosso está prejudicando produtores rurais. Na região centro-sul do Estado, trechos da MT-010 e da MT-240 são alvos de constantes reclamações.

Na MT-010, entre Diamantino e São José do Rio Claro, trecho que liga dois importantes centros produtores de soja e milho, os buracos se multiplicam. O motorista José Lauro da Silva passa pelo local pelo menos duas vezes por dia. Para percorrer um trecho de 80 quilômetros, o condutor gastava cerca de uma hora. Hoje. não leva menos de duas horas.

— Está péssimo. Tem muito buraco. Tem que ter atenção para não ter acidente — comenta.

Com o risco maior, o preço do frete também sobe. O gerente de produção Adenir Riedijer trabalha em uma propriedade que fica às margens da rodovia. Todo o grão produzido na fazenda é levado para um armazém na cidade e a despesa é alta.

— (o preço) É R$ 12 a tonelada e tudo vai pra Diamantino. No caso, você sai com caminhão daqui, poderia ter dois caminhões para fazer safra e tem que fazer com três ou quatro, porque muitas vezes não dá tempo por causa da estrada — afirma Riedijer.

Na MT-240, entre Diamantino e Nortelândia, a situação também é grave. Com o avanço da agropecuária na região, a estrada ficou mais movimentada e perigosa. O produtor rural José Aparecido Gazeta é um dos que reclama da falta de manutenção da estrada e critica o poder público pelo descaso.

— Já faz algum tempo que isso vem acumulando. Não conservação da estrada, da beira do acostamento e não tem sinalização. Fica chocado de ver isso aí, passando todo dia por ela. Nós não queremos nada em troca, queremos pelo menos uma estrada decente para não ter prejuízo. Quanto mais buraco na estrada mais caro é o frete e quem paga tudo isso é o produtor — reclama.

Gazeta e outros produtores da região questionam o destino dos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Criado em dezembro de 2002, o tributo incide no frete de produtos agropecuários, no óleo diesel, madeira e gás natural. Em 2011 o governo de Mato Grosso arrecadou mais de R$ 568 milhões com o imposto. Quando entrou em vigor, 30% dos recursos eram destinados à construção de casas populares e o restante financiava obras nas rodovias estaduais. Hoje, a verba também custeia despesas com manutenção de maquinários e obras para a Copa do Mundo de 2014.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Transporte e Pavimentação Urbana informou que o projeto de restauração da MT-010 está em fase final de elaboração. Com relação à MT-240, as obras de tapa-buracos devem ter início na segunda, dia 26, a partir do município de Barra do Bugres, passando por Denise, Arenápolis, Nortelândia e Diamantino. O valor investido nas obras não foi informado.

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