? Não podemos pensar mais internamente. Temos de superar problemas internos ? disse Ramalho.
Segundo ele, o bloco “patina”, assim como a Federação das Associações Rurais do Mercosul ? entidade criada há 10 anos, da qual faz parte a Sociedade Rural Brasileira e que recentemente recebeu a adesão da Bolívia. Na opinião de Cesário Ramalho, o Brasil deve ser mais eficiente em seu papel de liderança e promover a centralização das decisões entre os países sul-americanos.
? Temos de cobrar mais ação do governo e atuar mais empresarialmente. Temos nossas entidades em nível de Mercosul para intensificar mais esse trabalho. Temos de ser conscientes de que formamos parte de um grupo.
Para o presidente da Sociedade Rural Brasileira, não adianta o Brasil trabalhar, por exemplo, para ter um sistema eficiente de rastreabilidade da carne, se o mesmo não ocorrer com os parceiros do Mercosul.
? Temos de ter a OIE do Mercosul, ter a sanidade animal, a proteção dos produtos rurais do Mercosul. Não temos isso e é relativamente fácil de fazer. Temos de conduzir politicamente isso, eleger pessoas que tenham esse tipo de proposta de integração de grupo e que deixem de bairrismos regionais.
Divergência de números
Durante a palestra no Congresso da Feicorte, Cesário Ramalho criticou as divergências na divulgação de números sobre o rebanho brasileiro. Os dados devem ser o que classifica como claros e confiáveis. O presidente da Sociedade Rural Brasileira avaliou também que a pecuária do país precisa de mais trabalho e melhor gestão, “com pecuarista sabendo o quanto produz”.
Ainda de acordo com Cesário Ramalho, o atual momento do mercado da carne deve ser aproveitado pelo produtor, mas ele também deve ser bem remunerado pelo investimento. A chave para isso, além da integração com os parceiros sul-americanos, é aumentar a produção e usar mais tecnologia.
? O momento é bom e temos de aproveitar. Somos grandes, mas precisamos ser grandes enriquecendo