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Soja e algodão foram as culturas mais afetadas pela estiagem na Bahia

Colheita da oleaginosa deve cair 10,1% no Estado. Safra da pluma ficará 6,3% abaixo do previstoAs lavouras de soja e de algodão foram as mais castigadas pela estiagem, considerada a maior dos últimos 30 anos no oeste da Bahia. Segundo os dados do terceiro levantamento de safra da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), as perdas em relação às expectativas iniciais foram de 336 mil toneladas de soja (-9,2%) e de 50,8 mil toneladas (-8,3%) de algodão em pluma.

As estimativas atuais para a soja são de produção de 3,32 milhões de toneladas, volume 10,1% inferior ao registrado na safra passada, quando foram colhidas 3,696 milhões de toneladas. A projeção atual para o algodão é de produção de 562,1 mil toneladas, volume 6,4% menor do que o colhido na safra passada (612,9 mil toneladas) de pluma. Vale lembrar que a Aiba constatou nesta safra aumento de 4,5% na área de soja e de 4% no plantio do algodão.

Os técnicos comentam no relatório da Aiba que as áreas de exploração agrícola mais recente, situadas na região de transição entre a caatinga e o cerrado da Bahia, registraram perdas mais severas. Baianópolis, Cocos, Correntina e Jaborandi estão entre os municípios mais atingidos. Segundo a Aiba, nas áreas novas as médias das perdas chegam até 80% na produtividade da soja. Eles explicam que a oleaginosa é geralmente a primeira cultura introduzida nas áreas recém-abertas de cerrado.

O levantamento mostrou que o milho de verão, semeado no último trimestre do ano passado, foi a cultura que menos sentiu os efeitos da estiagem, “pois a maior parte das lavouras de milho conseguiu fechar o ciclo produtivo antes do agravamento da situação (estiagem), observado especialmente em algumas microrregiões”. O milho teve expressivo aumento de 58,8% na área cultivada, mas a produção deve crescer 51% para 2,259 milhões de toneladas. Essa diferença se deve à queda de 5% na produtividade.

O diretor do Conselho Técnico da Aiba, Antônio Grespan, explica que o produtor que fez rotação de cultura nesta safra foi recompensado.

— Em que pese o maior risco climático que a cultura do milho apresenta, quando a estiagem iniciou, as lavouras estavam com seu potencial de produção consolidado. A diversificação na matriz produtiva deu mais uma prova de sua eficácia. O produtor precisa ter opções para estabilizar suas receitas, tanto diante de frustrações climáticas como das flutuações do preços das commodities. A rotação contribui tanto para a sustentabilidade ambiental como para a econômica — disse ele.

Segundo a Aiba, a precipitação média total acumulada no oeste baiano no período chuvoso da safra passada foi de 1.578 milímetros (mm), sendo que no período de janeiro a abril de 2011 choveu em média 876 mm. Nesta safra, a precipitação média acumulada no período chuvoso ficou em 1 mil mm, sendo que de janeiro, até o mês passado, choveu apenas 426 mm. Houve queda de 52% no volume de chuvas em 2012.

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