MERCADO FUTURO

Soja: atraso do plantio no Brasil faz preço subir em Chicago

Boa demanda pelo grão americano e menor aversão ao risco no financeiro completam o cenário positivo

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta terça-feira (17) com preços em boa alta. Os agentes voltam suas atenções para a América do Sul, e o atraso no plantio no Brasil ajudou a sustentar as cotações.

A boa demanda pela soja americana e a menor aversão ao risco no financeiro completam o cenário positivo.

Veja as cotações da soja em Chicago

  • Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 10,50 centavos ou 0,81% a US$ 12,96 3/4 por bushel.
  • A posição janeiro teve cotação de US$ 13,16 1/4 por bushel, ganho de 10,50 centavos de dólar, ou 0,80%, na comparação com o dia anterior.
  • A posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 9,60 ou 2,46% a US$ 399,80 por tonelada.
  • No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 55,35 centavos de dólar, com baixa de 0,55 centavo ou 0,98%.

Clima e colheita no Brasil

O clima de poucas chuvas no norte do Brasil e de excesso de precipitações no Sul está mantendo o atraso nos trabalhos de semeadura no Brasil. O plantio da safra de soja 2023/24 até 13 de outubro está em 15,8% da área total, de acordo com levantamento da consultoria Safras & Mercado.

Na semana anterior, o número era de 7,8%. Em igual período do ano passado, a área semeada era de 19,1% e a média de cinco anos é de 16,7%.

Cenário internacional

Apesar da preocupação com o conflito no Oriente Médio, cresce no mercado financeiro o sentimento de que os juros não serão mais elevados nos Estados Unidos este ano. O clima mais tranquilo no financeiro ajudou no bom desempenho da soja.

Há ainda reflexos positivos dos bons números de esmagamento e exportações recentes nos Estados Unidos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou na segunda-feira (16) o relatório sobre a evolução da colheita nas lavouras de soja. Até 15 de outubro, a área colhida estava apontada em 62%. Na semana passada, eram 43%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 60%. A média é de 52%.

Segundo o USDA, até 15 de outubro, 52% estavam entre boas e excelentes condições, 30% em situação regular e 18% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 51%, 31% e 18%, respectivamente.


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