COTAÇÕES

Soja: buscando posicionamento pré-relatório USDA, Chicago estende perdas

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 4,75 centavos de dólar, ou 0,47%, a US$ 9,88 3/4 por bushel

armazém soja
Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

Os contratos da soja em grão registram preços mais baixos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado estende as perdas observadas na sexta-feira, com os agentes se posicionando à espera dos números do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O ritmo lento das exportações em geral, aliado à leve valorização do dólar em relação a outras moedas, também exerce pressão negativa sobre as cotações. Além disso, no final da tarde de hoje, será divulgado o relatório sobre as condições das lavouras norte-americanas.

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O USDA deverá cortar as suas estimativas para a safra e os estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 472 milhões de bushels em 2024/25. Para 2023/24, o mercado aposta em número de 347 milhões de bushels. Em julho, a previsão do USDA era de 435 milhões e 345 milhões, respectivamente.

Para a produção, o mercado espera um número de 4,469 bilhões de bushels para 2024/25. Em julho, o Departamento apontou safra de 4,435 bilhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 127,6 milhões de toneladas. Em julho, o número ficou em 127,8 milhões. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de número de 110,9 milhões, abaixo dos 111,3 milhões indicados no mês passado.

Os contratos com entrega em novembro estão cotados a US$ 9,98 por bushel, baixa de 4,50 centavos de dólar, ou 0,44%, em relação ao fechamento anterior.

Na sexta-feira (09), a soja fechou em baixa. O mercado não sustentou os ganhos iniciais e cedeu, diante do cenário fundamental. Na semana, a posição novembro caiu mais de 2%.

O mercado iniciou o dia no território positivo. A recuperação técnica encontrou suporte na venda de 132 mil toneladas de soja em grão para a China e nas preocupações com a greve na Argentina, que mantém os embarques daquele país paralisados. Mas o clima favorável e as indicações de safra cheia nos Estados Unidos voltaram a prevalecer e pressionaram os contratos.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 4,75 centavos de dólar, ou 0,47%, a US$ 9,88 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,02 1/2 por bushel, com perda de 5,75 centavos ou 0,57%.