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Soja: buscando realização e com avanço da colheita nos EUA, Chicago recua

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 102 milhões de toneladas

Os contratos da soja em grão registram preços mais baixos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Após atingir o maior patamar desde setembro, o mercado busca uma realização de parte dos lucros acumulados. O avanço da colheita nos Estados Unidos ajuda no movimento, assim como a força do dólar frente a outras moedas correntes. Completa o quadro desfavorável aos preços o baixo desempenho do petróleo em Nova York.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução colheita das lavouras de soja. Até 5 de novembro, a área colhida estava apontada em 91%. Na semana passada, eram 85%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 93%. A média é de 86%.

As importações de soja em grão pela China em outubro somaram 5,16 milhões de toneladas, alta de 25% sobre igual período do ano anterior. Segundo analistas, a ampla oferta a preços mais baixos do Brasil reflete no desempenho. De qualquer forma, alguns traders esperavam números maiores, entre 6,5 milhões e 7 milhões de toneladas.

No acumulado do ano, as importações chinesas somam 82,42 milhões de toneladas, alta de 16,5% sobre igual período do ano anterior. As informações são da Agência Reuters, que divulgou dados da Administração Geral da Alfândega.

Além disso, O USDA deverá reduzir a sua estimativa para a safra norte-americana de soja em 2023/24, no relatório de novembro. Os números serão divulgados na quinta, às 14h. Os estoques finais deverão ser elevados.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 221 milhões de bushels em 2023/24. Em outubro, a previsão ficou em 220 milhões de bushels.

A safra americana deverá ser indicada em 4,098 bilhões de bushels para 2023/24, contra 4,104 bilhões apontados em outubro. No ano passado, a safra ficou em 4,270 bilhões.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 102 milhões de toneladas, contra 101,9 milhões indicados em outubro. Para 2023/24, a estimativa do mercado é de 115,6 milhões, o mesmo número do relatório anterior.

Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 operam cotados a US$ 13,59 por bushel, baixa de 5,00 centavos de dólar por bushel ou 0,36% em relação ao fechamento anterior.

Ontem, a soja fechou com preços em forte alta. A preocupação com o clima irregular no Brasil e os ganhos do petróleo garantiram a quinta sexta consecutiva de valorização. Janeiro atingiu o maior patamar desde 14 de setembro.

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 10,750 centavos ou 0,79% a US$ 13,64 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 13,78 1/2 por bushel, ganho de 10,75 centavos de dólar, ou 0,78%, na comparação com o dia anterior.

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