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Soja cai em Chicago após melhora nas condições das lavouras dos Estados Unidos

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Gabriel Faria/Embrapa

Soja
A soja na Bolsa de Chicago (CBOT) teve um dia de quedas. O mercado refletiu as informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que indicou um aumento no número de lavouras em melhores condições. O órgão americano projetou que 61% da safra estava em bom ou excelente estado, contra 60% da semana passada. Essas projeções contribuem ainda mais para a expectativa de safra recorde no país.

No mercado interno a terça-feira, dia 30, foi de pouco movimento. A oleaginosa teve mais um dia negativo em Chicago, com perdas de até 4,5 pontos nos principais vencimentos. A moeda norte-americana ficou volátil e encerrou estável. Os prêmios tiveram alta, porém os preços da soja no Brasil ficaram predominantemente estáveis. Houve registro de negócios no Paraná e Rio Grande do Sul.

Dólar
O sentimento de risco no exterior aumentou diante da tensão geopolítica gerada pelo novo teste de míssil feito pela Coreia do Norte. 

No Brasil, segue o otimismo dos investidores com o andamento das reformas no Congresso, com a expectativa de aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP) no Senado. De qualquer forma o mercado continua cauteloso com o andamento das denúncias contra o presidente, Michel Temer. Assim no final do dia o dólar comercial ficou estável, negociado a R$ 3,164 para a venda.

Milho
O milho registrou cotações mais baixas em Chicago. O mercado foi pressionado pelo indicativo de uma boa safra de milho nos Estados Unidos, levando os preços aos patamares mais baixos em oito meses. A manutenção do percentual de lavouras em boas a excelentes condições (62%) também diminui a preocupação quanto a maiores perdas no potencial produtivo das lavouras americanas.

A leitura dos analistas é que os estoques norte-americanos se manterão altos, mesmo com uma safra menor, fator este que deve conter maiores altas neste início de colheita no cinturão produtor do país. De acordo com a Safras & Mercado, o foco continua sendo a retomada do fluxo de exportação dos EUA, já que o grão na região do Golfo está em US$ 12 a 15 a tonelada, valor abaixo preços da América do Sul.

Aqui no Brasil a comercialização foi calma e com preços do milho pouco alterados. Em algumas regiões o mercado está pressionado pela evolução da colheita, enquanto em outras os produtores retêm a oferta.

Café
O café arábica rompeu novamente a linha técnica dos US$ 1,30 a libra-peso e fechou o dia com baixas na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US). A expectativa de uma ampla safra brasileira em 2018 contribuiu para as perdas.

No mercado brasileiro os produtores rurais não conseguem realizar a comercialização por conta da incompatibilidade entre exportador e mercado interno. Assim o produtor dosa a oferta na expectativa de preços do café melhores e o mercado fica travado, ainda mais se o exportador não está chegando às cotações de interesse da ponta vendedora. 

Boi
Os preços do boi gordo ficaram de estáveis a mais altos . A oferta de animais terminados continua bastante restrita, sem sinalização de mudanças no quadro, pelo menos no curto prazo. A elevação do custo do frete também é um fator chave para a expressiva alta dos preços no mercado físico. De acordo com a Scot Consultoria, houve alta em 23 das 32 praças pesquisadas.

No atacado os preços da carne bovina também subiram. A expectativa é que as cotações acentuem o ímpeto de alta na primeira quinzena de setembro devido ao repique tradicional de consumo.

Previsão do tempo
Sul

Nesta quarta-feira, dia 30, uma frente fria costeira se afasta para o oceano e aos poucos deixa o Sul do Brasil. Porém, ainda chove no sul do estado e campanha gaúcha de forma isolada e intercalada com períodos de melhoria. Na faixa leste do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, há aumento da quantidade de nuvens e os ventos sopram de forma moderada e constante. Nas demais áreas da região o tempo fica firme. A mudança na direção dos ventos faz com que as temperaturas caiam durante a tarde entre 5ºC a 10ºC em relação ao dia anterior, com sensação de frio aumentando entre a próxima noite e madrugada. 

Sudeste
O tempo continua firme e seco na maior parte do Sudeste, já que uma massa de ar seco atua e impede a formação de nuvens carregadas. As temperaturas seguem elevadas tanto pela manhã quanto à tarde e a sensação de calor chega a aumentar em relação ao dia anterior em São Paulo. A umidade relativa do ar fica bem abaixo dos 30% na metade norte paulista e entre o oeste e norte mineiro. Essa condição aumenta a probabilidade de queimadas. No final do dia, a aproximação de uma frente fria em alto-mar traz nuvens e diminui a temperatura do litoral sul paulista.

Centro-Oeste
O tempo permanece seco e quente no Centro-Oeste, já que ainda atua um bloqueio atmosférico no Oceano Pacífico. Uma massa de ar seco impede a formação de nuvens carregadas e mantém o dia aberto e com umidade relativa do ar muito baixa, alcançando níveis desérticos, especialmente em Goiás. As altas temperaturas, aliadas aos baixos índices de umidade, favorecem o aumento das queimadas.

Nordeste
A chuva perde de intensidade no leste nordestino, mas fica mais abrangente desde o sul da Bahia até o leste do Rio Grande do Norte. As precipitações se concentram à noite e ocorre de maneira fraca e entre períodos de melhoria. Também chove, só que em forma de pancadas à tarde, no noroeste do Maranhão. Já no interior da Bahia o tempo fica seco. O sol aparece mais nessa área e a temperatura sobe em relação ao dia anterior. No sertão, o calor intenso continua e a umidade relativa do ar fica baixa. Já são mais de 150 dias que não chove no oeste da Bahia.

Norte
A chuva segue em forma de pancadas entre o noroeste e o norte do Amazonas, centro e norte do Pará, Roraima e no Amapá, mas o destaque é o retorno da chuva para Acre e Rondônia, áreas onde os últimos dias foram marcados por queimadas. A chuva vem acompanhada por descargas elétricas, mas sem grande volume de água. Já nas demais áreas, o sol continua predominando e deixa a umidade relativa do ar baixa, o que agrava a situação de queimadas na região.

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