O mercado brasileiro de soja registrou preços mais baixos nesta terça-feira, dia 8. A queda da oleaginosa na Bolsa de Chicago e a baixa do dólar pressionaram o mercado nacional. O ritmo de negócios, assim, foi muito lento.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 76
- Cascavel (PR): R$ 71,50
- Rondonópolis (MT): R$ 68
- Dourados (MS): R$ 72
- Santos (SP): R$ 79,50
- Paranaguá (PR): R$ 77
- Rio Grande (RS): R$ 79
- São Francisco (SC): R$ 79
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Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira, dia 8, com preços mais baixos. Após quatro sessões de ganhos e depois de atingir o melhor nível desde 12 de dezembro, o mercado teve um dia de realização de lucros. Após uma manhã volátil, o mercado se consolidou no território negativo na parte da tarde.
As negociações comerciais entre China e Estados Unidos permaneceram no núcleo de atenção dos agentes. Fontes indicaram que as diferenças diminuíram, mas um acordo ainda não foi fechado. Depois das aquisições recentes, que envolveram cerca de 1 milhão de toneladas, a China deve se afastar do mercado americano. Ao menos este é o sentimento entre traders.
Os chineses teriam completada a cota de 5 milhões de toneladas compradas nos Estados Unidos, como um sinal de “boa vontade” para encaminhar uma solução comercial.
A estiagem no Brasil e as perdas no potencial produtivo persistem no radar do mercado. Ontem, o Departamento de Economia Rural (Deral) indicou colheita de 5% no Paraná. Apenas 58% das lavouras estavam entre boas e excelentes condições, contra 88% de igual período do ano passado.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Janeiro/2019: US$ 9,18 (-5,75 cents)
- Março/2019: US$ 9,31 (5,25 cents)
Milho
A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado seguiu a vizinha soja e refletiu a falta de um acordo definitivo para a retomada das relações comerciais entre China e Estados Unidos. A forte alta do petróleo, superando os 2% em Nova York, impediu uma queda mais expressiva nos preços.
Notícia divulgada nesta terça-feira indica que a China teria finalizado a compra de cerca de 5 milhões de toneladas de soja americana, um sinal de “boa fé” para o avanço das negociações entre os dois países, buscando um acordo comercial.
Com isso, não seriam esperadas novas aquisições de grandes volumes, mantendo o mercado americano com uma sobreoferta. Representantes dos dois países seguem reunidos em Beijing.
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 3,80 (-2,25 cents)
- Maio/2019: US$ 3,88 (-2,25 cents)
Brasil
O mercado brasileiro teve de preços firmes de modo geral, com melhor movimentação nos negócios. Segundo o consultor de Safras & Mercado Paulo Molinari, aos poucos a comercialização vai sendo retomada após o período de feriados.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 38
- Paraná: R$ 36
- Campinas (SP): R$ 42
- Mato Grosso: R$ 37
- Porto de Santos (SP): R$ 38
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 37
- Porto de São Francisco (SC): R$ 37
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Boi gordo
Ritmo lento no mercado do boi gordo, com parte dos vendedores fora das compras, nesta terça-feira, dia 8. Entretanto, nas praças onde há maior movimentação, houve alteração de preço.
Destaque foi para Rondônia e Goiás, onde desde o início do mês houve desvalorização de 1,5% e 1,6%, respectivamente. Nessas praças, as programações de abate estão relativamente confortáveis, o que permite as empresas pressionarem o mercado, ofertando preços menores pela arroba.
Porém, há regiões, como o sul do Tocantins, por exemplo, onde as escalas de abates estão mais curtas e, com isso, os frigoríficos ofertam preços maiores pela arroba. Nesta região, o preço subiu 1,1% na comparação com ao levantamento do dia 7.
Em São Paulo, os preços estão estáveis. Apesar da oferta de boiadas não ser abundante é suficiente para atender a demanda, o que colabora com este cenário.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 150
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
- Goiânia (GO): R$ 138,50
- Dourados (MS): R$ 142,50
- Mato Grosso: R$ 130,50 a R$ 136
- Marabá (PA): R$ 132
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 149,50
- Paragominas (PA): R$ 137
- Tocantins (sul): R$ 133
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Café
O mercado brasileiro de café teve uma terça-feira mais movimentada e animada de negócios. A alta do arábica na Bolsa de Nova York deu sustentação aos preços, que avançaram especialmente para os arábicas de qualidade.
O ritmo da comercialização só não foi melhor pela queda do dólar e ainda por muitos produtores estarem fora de atividade após os feriados. Os compradores seguem cautelosos, aparecendo conforme a necessidade.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 415 a R$ 420
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 420 a R$ 425
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
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Nova York
O café arábica encerrou as operações com preços acentuadamente mais altos. Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, a queda do dólar contra o real no Brasil é o principal fator motivador para o avanço das cotações do arábica em Nova York. “O mercado está esboçando um movimento mais forte de alta com o dólar fraco contra o real”, destaca.
Assim, NY afastou-se da linha de US$ 1 a libra-peso, tendo a máxima no dia para o contrato março em 106,05 centavos. Tecnicamente, o mercado no dia rompeu algumas resistências, o que “dá fôlego para o movimento de alta”, destaca Barabach.
CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US¢ 105,05 (+2,30 cents)
- Maio/2019: US¢ 108,10 (+2,35 cents)
Bolsa de Londres
O robusta encerrou com preços mais altos. Segundo traders, o mercado avançou diante da valorização do arábica. Até porque Londres teve que compensar o fato que na sessão anterior NY subiu e a bolsa londrina fechou no vermelho.
Fatores técnicos predominaram na sessão e a alta do petróleo contribuiu para a sustentação do robusta.
Os contratos para março/2019 fecharam o dia a US$ 1.556 por tonelada, alta de US$ 14 a tonelada, ou de 0,9%. Maio/2019 fechou a US$ 1.574 a tonelada, com valorização de US$ 14 a tonelada, ou de 0,9%.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
- Janeiro/2019: US$ 1.556 (+US$ 14)
- Março/2019: US$ 1.574 (+US$ 14)
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial encerrou a sessão de hoje em baixa de 0,48%, sendo negociado a R$ 3,7160 para venda e a R$ 3,7140 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7050 e a máxima de R$ 3,7440.
O Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou o dia com alta de 0,36%, atingindo 92.031 pontos.
Previsão do tempo para quarta-feira, dia 9
Sul
O céu volta a ficar mais nublado, com chuva a qualquer momento e com acumulados bastante expressivos nas áreas de fronteira com Uruguai e Argentina, por influência da formação de uma nova frente fria. A chuva deve vir acompanhada por trovoadas, descargas elétricas e queda de granizo.
Além disso, o potencial para alagamentos e transbordamento de rios é ainda maior nas regiões da fronteira oeste e da Campanha gaúcha, devido ao volume de água, que pode passar de 100 mm.
Nas demais áreas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a chuva ocorre em forma de pancadas rápidas, enquanto que no Paraná, apesar de os acumulados não serem tão expressivos quanto no Rio Grande do Sul, também há potencial para chuva forte a partir da tarde. Os ventos ainda sopram com intensidade superior a 70 km/h no Rio Grande do Sul.
Sudeste
Áreas de instabilidade em níveis mais altos da atmosfera mantêm o tempo instável em parte do Sudeste e potencializam a chuva sobre o estado de São Paulo. Os volumes não são muito expressivos, mas o potencial para temporais com trovoadas, descargas elétricas e até queda de granizo aumenta sobre todo o território paulista.
Enquanto isso, a chuva ocorre de forma isolada no extremo sul mineiro, além de áreas do triângulo mineiro, nordeste de Minas Gerais e todo o Espírito Santo. Nas demais áreas, tempo firme com sol entre poucas nuvens, por influência de uma massa de ar seco.
Centro-Oeste
Uma massa de ar seco segue avançando sobre a região e inibe a formação de nuvens carregadas sobre praticamente todo o centro-leste de Goiás, além do Distrito Federal. Nessas áreas, o sol predomina entre poucas nuvens.
Enquanto isso, nas demais áreas do Centro-Oeste, em especial Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a expectativa ainda é de pancadas de chuva, ainda que sem grande intensidade a partir da tarde.
Nordeste
A expectativa é de chuva sobre a maior parte da região, em especial áreas do norte do Maranhão e Piauí, onde os acumulados devem ser mais expressivos.
Isso se deve à influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), faixa de nuvens mais carregadas formada nas áreas mais ao norte do país, onde há o encontro dos ventos dos dois hemisférios.
Em áreas do centro ao sudoeste da Bahia, a expectativa ainda é de tempo firme, pela influência da massa de ar seco que inibe a formação de nuvens carregadas.
Norte
Os maiores acumulados ficam concentrados entre o Acre, sul do Amazonas, Rondônia, Tocantins, Pará e leste do Amapá. Enquanto isso, nas demais áreas, são esperadas pancadas rápidas e sem grande intensidade. Em Boa Vista, nada de chuva, e o dia será ensolarado.