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Diversos

Soja: Chicago abre semana em queda com previsão de safra recorde nos EUA

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

grãos de soja
Foto: Pixabay

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam o primeiro dia da semana com preços mais baixos. O mercado foi pressionado novamente pela previsão de safra recorde dos Estados Unidos. Os contratos negociados em setembro chegaram ao patamar US$ 8,42, queda de 7,25 centavos, quase 1%.   Além dos sinais de  demanda,  o acordo comercial entre Estados Unidos e México limitaram as perdas e ajudaram a pressionar a commoditie para baixo. 

Os produtores de soja dos Estados Unidos deverão colher 4,683 bilhões de bushels na temporada 2018/2019, o equivalente a 127,45 milhões de toneladas. A  estimativa foi divulgada pela Pro Farmer- Associação dos Produtores dos Estados Unidos -, que trabalha com produtividade de 53 bushels por acre.

Se confirmada, a safra será a maior da história dos Estados Unidos. Os números ficaram acima dos indicados pelo Departamento de Agricultura dos  Estados Unidos (USDA), no relatório de agosto. A produção foi estimada em 4,586 bilhões de bushels – 124,8 milhões de toneladas. A produtividade do USDA é de 51,6 bushels por acre.

 No ano passado, segundo o USDA, os americanos colheram 119,5 milhões de toneladas, safra recorde.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 901.620 toneladas na semana encerrada no dia 23 de agosto, conforme relatório semanal  divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 650.021 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 738.552 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 55.503.869 toneladas, contra 57.136.551 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

O presidente norte-americano, Donald Trump, quer usar o acordo comercial bilateral fechado com o México para dar impulso a um possível entendimento com a China, após a escalada de tensões entre Washington e Pequim, com troca de tarifas bilionárias sobre bens importados.

Em declarações a repórteres no salão Oval da Casa Branca, Trump afirmou que o comércio com a China “foi unilateral por muito tempo”. “Ainda não é o momento para que isso aconteça, mas tenho certeza de que vamos fechar um acordo comercial com a China também”, disse Trump.

Brasil

O mercado brasileiro de soja iniciou a semana travado e com preços mais baixos. A combinação de recuo do dólar e queda dos contratos futuros em Chicago afastou os negociadores do mercado. 

Segundo informações da Brandalizze Consulting, a semana da Soja no Brasil começou com poucos negócios nos portos, com indicativos pressionados para baixo em função do Dólar em queda e junto de Chicago na linha da baixa atrelada aos números do CropTour. Assim o mercado interno chegou a trabalhar entre 15 a 18 pontos de baixa, e desta forma os níveis que aparecem nos portos não iam muito além dos R$ 90,00 aos R$ 92,00 e nível maior veio no final do dia, mas não mostrava vendedores.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

          • Passo Fundo (RS): R$ 84
          • Cascavel (PR): R$ 83
          • Rondonópolis (MT): R$ 76,50
          • Dourados (MS): R$ 79
          • Porto de Paranaguá (PR): R$ 89
          • Porto de Rio Grande (RS): R$ 90
          • Porto de Santos (SP): R$ 89
          • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 89
          • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

            • Setembro/2018: US$ 8,42 (-7,25 cents)
            • Novembro/2018: US$ 8,48 (-7 cents)

Milho

O mercado brasileiro de milho abriu a semana com preços pouco alterados. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o mercado começou a semana com a oferta retraída em grande parte do país. Alguns consumidores ainda se deparam com estoques encurtados. A volatilidade cambial ainda é intensa e deve continuar assim até as eleições.

“Com a desvalorização do real e a queda da Bolsa de Chicago, as tradings recuaram”, comenta. No decorrer do dia o Ministro do Supremo Luiz Fux determinou que as ações contra o tabelamento do frete sigam suspensas até o julgamento final na corte, ainda sem data marcada. Portanto no curto prazo as dificuldades logísticas ainda norteiam o mercado, comenta.


Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços em queda. O mercado foi pressionado pela perspectiva de safra cheia nos Estados Unidos.

A safra norte-americana de milho deverá totalizar 14,501 bilhões de bushels em 2018/19, com produtividade de 177,3 bushels por acre. A produção equivale a 368,2 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada pela Pro Farmer – Associação dos Produtores dos Estados Unidos na última sexta-feira, dia 24.

O bom desempenho das inspeções de exportação norte-americanas de milho, por outro lado, limita as perdas. As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 1.245.130 toneladas na semana encerrada no dia 23 de agosto, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, haviam atingido 1.096.647 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 835.796 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 56.378.641 toneladas, contra 56.119.547 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

  • Rio Grande do Sul: R$ 45
  • Paraná: R$ 37
  • Campinas (SP): R$ 43,50
  • Mato Grosso: R$ 29
  • Porto de Santos (SP): R$ 42
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 41,50
  • São Francisco do Sul (SC): R$ 41
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Setembro/2018: US$ 3,46 (-1,75 cent)
      • Novembro/2018: US$ 3,61 (-1,25 cent)

Café

O mercado brasileiro de café teve uma segunda-feira de preços estáveis e de melhor movimentação. A alta da Bolsa de Nova York foi compensada pela queda do dólar e não houve maiores
alterações, assim, nas cotações no dia.

Houve maior procura no dia por cafés mais finos, mas não ocorreram movimentações de volume, já que os compradores mantiveram as bases de preço. Isso acaba abrindo mais a diferença entre as ideias de compra e venda. Muitos produtores estão capitalizados e podem agora aguardar por uma situação melhor de preço nas bolsas. De modo geral o mercado esteve movimentado, mas para lotes pequenos e com cotações estáveis.

Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços mais altos. O mercado foi sustentado pela queda do dólar contra o real e outras  moedas.

Segundo traders, fatores técnicos contribuíram para os ganhos. O mercado deu sequência ao movimento de recuperação do final da semana passada e o contrato dezembro se afastou da linha de US$ 1,00 a libra-peso.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

          • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 430 a R$ 435
          • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 435 a R$ 440
          • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 370
          • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 320 a R$ 322
          • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

          • Setembro/2018: US$ 101,85 (+1,3 cent)
          • Dezembro/2018: US$ 105,75 (+1,05 cent)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

            • Setembro/2018: 1.620 (+US$ 6)
            • Novembro/2018: 1.541 (+US$ 10)
  • * Valores de referência: 24/8

 


Boi

O mercado do boi gordo ficou firme nesta segunda-feira. Este cenário é reflexo da oferta limitada de boiadas. Os compradores estão se preparando para os primeiros dez dias de setembro, esperando que o consumo melhore com o feriado do dia sete.

As ofertas de compra seguem firmes e o objetivo é compor escalas de abate consistentes. Em São Paulo a cotação da arroba subiu. No estado, a cotação está, em média, em R$ 145/@, alta de 0,7% frente o fechamento da última sexta-feira, dia 24.

A exceção fica por conta do Rio Grande do Sul, onde a oferta de boiadas tem sido suficiente para atender a demanda, permitindo que os frigoríficos pressionem o mercado. No estado, na média das duas praças pesquisadas, desde o início do mês, o preço do boi gordo caiu 4,7%, considerando o preço à vista, livre de Funrural.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 144
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 140
          • Goiânia (GO): R$ 134
          • Dourados (MS): R$ 138
          • Mato Grosso: R$ 126 a R$ 129
          • Marabá (PA): R$ 128
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,70 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 146
          • Sul (TO): R$ 131
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou em queda de 0,53%, cotado a R$ 4,082 para venda, em dia de correção e alívio para as moedas de países emergentes, reagindo a mudanças na política cambial do Banco Central da China e ao acordo comercial entre Estados Unidos e México, que resultará em um novo Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio (Nafta, em inglês).

O banco central da China decidiu reintroduzir um mecanismo de paridade ao dólar para evitar uma desvalorização acentuada da moeda local, o iuane, segundo o diretor da Correparti, Ricardo Gomes. O peso mexicano liderou as altas das principais moedas emergentes, subindo cerca de 0,70% frente ao dólar, após o acordo bilateral entre México e Estados Unidos.

O diretor da Mirae, Pablo Spyer, destaca que o bom humor teve colaboração  do feriado no Reino Unido, que “tirou um pouco de liquidez do mercado global.  Além da repercussão da fala do Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, reforçando que o ajuste monetário por lá será gradual influenciando uma realização global”, ressalta.

Quanto às eleições, às vésperas do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, o economista da Guide Rafael Passos, reforça que a expectativa fica “por conta da performance de Geraldo Alckmin, que permaneceu estagnado  nas últimas pesquisas”. Alckmin terá 44% do tempo de propaganda depois da  aliança com os partidos do centrão. “Algo que pode contribuir e puxar votos para o tucano”, avalia Passos.

Para esta terça-feira, dia 28, os analistas reforçam que as eleições e o cenário externo devem dar o tom ao câmbio, porém, sem prever tendências devido à “volatilidade do câmbio” nos últimos dias, que deve ganhar força até o fim das eleições, diz o diretor da Mirae. Por aqui, o mercado deve acompanhar o  julgamento do presidenciável Jair Bolsonaro, no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo crime de racismo.

O índice de ações do Ibovespa começou a semana em alta, fechando o primeiro dia da semana  com valorização de 2,19%, com 77.929 pontos, e com R$ 7.361 milhões de volume negociados.

A alta foi alavancada pelos papéis da Eletrobras, com o leilão das distribuidoras Eletroacre, Ceron e Boa Vista estão marcadas para a próxima quinta-feira, dia 30. As ações subiram 6,68%.

As ações de empresas de grande porte, chamadas de blue chip, também acompanharam a valorização do dia, com Itau fechando em alta de 2,323%, Bradesco valorizando 2,68% e Petrobras com alta de 2,24%.


Previsão do tempo para terça-feira, dia 28

Sul

O tempo firme segue predominando, ainda sob a influência de uma massa de ar seco. A nebulosidade aumenta e há potencial para chuva isolada no litoral norte de Santa Catarina, litoral do Paraná e extremo norte paranaense, devido aos ventos úmidos que sopram do mar contra a costa. A sensação de frio começa a diminuir e não há mais potencial para geada.

Sudeste

O volume de chuva diminui e as temperaturas começam a subir, principalmente sobre o oeste do estado de São Paulo. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, as temperaturas não devem subir muito por conta do tempo nublado e com possibilidades pra chuviscos ao longo do dia. No sul de Minas Gerais as chuvas devem ocorrer de maneira rápida e isolada apenas na parte da madrugada.

Centro-Oeste

Tempo firme na região e o calor volta a atuar sobre por conta de ventos de quadrante norte e noroeste.

Nordeste

Ainda há condições de chuva com volumes não muito expressivos no litoral, exceto para a os estados do Ceará e o Piauí, onde o tempo permanece firme e ensolarado.

Norte

A condição de chuva se mantém no norte do estado do Amazonas e por toda Roraima. As temperaturas permanecem altas, porém as chuvas devem dar uma amenizada no calor. No sul do Amazonas, Acre e Rondônia, o tempo deve permanecer firme e ensolarado.

 

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