Soja em Chicago sobe com sinal de demanda aquecida

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo

Fonte: Cláudio Nonaca/Embrapa

Soja
A oleaginosa na bolsa de Chicago (CBOT) fechou a quinta-feira, 24, no positivo. Foram registradas altas de até 8,5 pontos nos principais vencimentos. A moeda norte-americana, apesar da volatilidade, encerrou com leve alta e ajudou a trazer ganhos para os preços da soja no Brasil, mas os negócios permanecem escassos nas principais regiões.

O mercado internacional encerrou a terceira sessão consecutiva de alta. A elevação de hoje foi mais consistente, refletindo alguns sinais de demanda aquecida. As vendas semanais americanas superaram a expectativa. Além disso, os vendedores privados anunciaram operação envolvendo 123 mil toneladas para a China.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2016/2017 ficaram negativas em 400,3 mil toneladas na semana encerrada em 17 de agosto – menor patamar do ano comercial. O número ficou muito abaixo da semana anterior e frente à média das últimas quatro semanas. Para a temporada 2017/2018, foram mais de 2 milhões de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A estimativa dos analistas oscilava de 450 mil a 1,4 milhão de toneladas, somando as duas temporadas.

En relação ao crop tour, as lavouras de soja em Illinois, na região central dos Estados Unidos, estão se desenvolvendo pior neste ano. A contagem de vagens da soja chega a 1.230,77 em uma área de 3×3 pés (cerca de um metro quadrado), ante 1.269,24 de média dos últimos três anos. No ano passado, o crop tour estimou a contagem de vagens em 1.318,09. Já em Minessota a contagem de vagens da soja chega a 1.019,96  e está abaixo da média dos últimos três anos.

Milho
O milho teve um dia de preços mais altos na bolsa de Chicago. Em uma sessão marcada por grande volatilidade, o mercado buscou recuperação após as recentes perdas, avaliando o desempenho das vendas de milho dos Estados Unidos. 

As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2016/2017 ficaram em 102,4 mil toneladas na semana encerrada em 17 de agosto. O número ficou 64% acima da semana anterior e 68% acima da média das últimas quatro semanas. A Costa Rica foi o principal comprador, com 47.600 toneladas. Para a temporada 2017/2018, o número ficou em 423,3 mil toneladas. A estimativa dos analistas oscilava de 450 mil a 1 milhão de toneladas, somando as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Assim como na soja, as lavouras de milho em Illinois estão se desenvolvendo pior. Segundo a Pro Farmer, a produtividade média do milho deve ficar em 188,3 sacas por hectare em Illinois, ante a média de 195,62 sacas por hectare nos últimos três anos. No ano passado, o rendimento havia sido projetado em 201,9 sacas por hectare.

Segundo a Pro Farmer, a produtividade média do milho em Minessota foi estimada em 199,8 sacas por hectare, o que é 5,1% acima da média do ano passado, de 190,39 sacas por hectaree à frente também da média dos últimos três anos, de 189,34 sacas por hectare. A projeção supera também a estimativa de agosto do USDA, que apontou rendimentos de milho no estado de 191,44 sacas por hectare.

Aqui no Brasil o mercado teve um dia de preços do milho estáveis. Em São Paulo os valores estiveram mais pressionados pela evolução da colheita da safrinha.

Dólar
A empolgação do mercado diante das notícias de privatizações, bem como, da concessão de aeroportos e rodovias, trouxeram o fortalecimento do real frente o dólar. Os investidores também reagiram bem a aprovação da medida provisória  MP777, que troca a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pela Taxa de Longo Prazo (TLP) nos contratos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). A medida agora segue para votação em plenário. A aprovação dessa MP mostra a força do governo e alivia a desconfiança em torno do andamento da reforma da previdência. 

No entanto, com um maior fluxo comprador de investidores, que também ajustaram suas posições antes dos discursos de presidentes de bancos centrais e o dólar comercial acabou encerrando a sessão com uma leve alta de 0,09% cotado a R$ 3,147.

Café
O café na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) teve a nona sessão de queda seguida, batendo os níveis mais baixos em dois meses. A firmeza do dólar contra outras moedas e a baixa do petróleo e de outras commodities também contribuíram para a queda do arábica lá fora, além de fatores técnicos.

No mercado interno o ritmo segue lento. Os preços dos cafés melhores ainda estão abaixo do interesse do vendedor, por isso há pouca oferta na hora da negociação. Já os cafés mais fracos, como duro riado e duro riado rio estão movimentando o mercado, mas aos poucos.

Boi
O mercado físico teve preços do boi gordo mais altos em quase todas as regiões produtoras. A expectativa é que os preços continuem subindo, pelo menos no curto prazo. Os frigoríficos ainda se deparam com escalas de abate bastante encurtadas, entre dois e três dias úteis. Enquanto isso, a oferta de animais terminados permanece restrita, e não há sinais de alteração desse quadro.

Já o mercado atacadista apresentou preços estáveis. “O setor ainda vislumbra a possibilidade de alta dos preços durante a primeira quinzena de setembro, considerando o aquecimento da demanda no período avaliado, além dos estoques dos frigoríficos que permanecem encurtados”, avaliou o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias.

Previsão do tempo
Sul

Nesta sexta-feira, dia 25, a condição para temporais com chuva e ventania aumenta entre o Uruguai, fronteira com o Rio Grande do Sul e norte da Argentina, por causa da aproximação de um sistema frontal que é alimentado por um corredor de umidade da Amazônia. Já nas demais áreas da região Sul o dia segue seco e com temperaturas bastante elevadas a tarde. Há condição para temperaturas máximas de verão em pleno inverno. Conforme o dia passa, as rajadas de espalham pelo território gaúcho, mesmo que a chuva ainda não avance.

Sudeste
O tempo fica firme e seco em praticamente todo o Sudeste, mas ainda com muitas nuvens no leste mineiro. Pela manhã o dia começa frio no estado paulista e no sul mineiro. À tarde, o calor aumenta em todos os estados, mesmo em São Paulo. Assim, a sensação térmica da tarde é de calor em pleno inverno. Apenas no litoral do Espírito Santo e extremo leste mineiro é que a umidade do mar traz eventual chuva fraca.

Centro-Oeste
Uma massa de ar seco continua mantendo o tempo firme em todo o Centro-Oeste. O calor se faz presente e as temperaturas máximas passam dos 36ºC a tarde na região pantaneira. Apenas nas áreas de Mato Grosso que fazem divisa com Rondônia é que há condição para algumas pancadas de chuva até o final do dia.

Nordeste
Volta a chover novamente em grande parte do Ceará, mas de forma ainda muito localizada e concentrada no fim do dia. A chuva ainda se espalha pelo centro-norte do Maranhão e numa faixa que vai do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia. Inclusive, há condição para chuva mais generalizada em boa parte do Rio Grande do Norte e no leste do Sergipe e Alagoas. Já no interior e faixa oeste nordestina, o tempo continua seco, quente e sem condição para chuva.

Norte
A condição do tempo não muda no decorrer da sexta-feira no Norte do país. Todo o Tocantins e o sudeste do Pará seguem com tempo firme e com temperaturas elevadas. Apenas nas áreas mais ao norte e ao oeste é que ainda tem instabilidades e previsão para chuva com trovoadas.