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Soja

Soja: clima seco pressiona Chicago e preço cai 2,5%

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

caminhão descarregando soja
Foto: Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quinta-feira, dia 18, com preços muito mais baixos. O vencimento dezembro terminou o dia em US$ 8,63, recuo de 2,5%.

A previsão de clima seco nos EUA e o fraco desempenho das exportações semanais americanas deflagraram um movimento de realização de lucros, após o mercado ter atingido os melhores patamares desde 21 de agosto na segunda.

Os produtores do país exportaram 293,6 mil toneladas na semana encerrada em 11 de outubro, aponta o relatório de embarques líquidos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As vendas se referem à temporada 2018/2019, com início em 1 de outubro. O maior comprador foi a Espanha, com 188 mil toneladas. Para a temporada 2019/2020, foram mais 2 mil toneladas. Somando-se as duas temporadas, analistas esperavam entre 600 mil a 1,2 milhão de toneladas.

Cotações domésticas

A forte baixa em Chicago pressionou as cotações no Brasil. A alta do dólar apenas limitou o impacto baixista da bolsa. Com esse cenário, o dia foi sem negócios relevantes, com mercado travado.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 86,50
  • Cascavel (PR): R$ 83,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 77
  • Dourados (MS): R$ 81
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 90
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 90
  • Porto de Santos (SP): R$ 90
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 90
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

    • Novembro/2018: US$ 8,63 (-22,25 cent)
    • Janeiro/2019: US$ 8,77 (-22 cent)

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com perda de US$ 7,40 (2,28%), sendo negociada a US$ 316,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 29,02 centavos de dólar, com baixa de 0,54 centavos ou 1,82%.


Milho

As cotações do milho negociado na CBOT terminaram em baixa. O mercado foi pressionado pelo indicativo de clima mais seco e favorável a colheita nos EUA.

O fraco desempenho das vendas líquidas semanais do grão também pesou sobre os preços. As negociações norte-americanas para a temporada comercial 2018/2019, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 382,5 mil toneladas na semana encerrada em 11 de outubro — o menor nível da temporada.

Esse desempenho representa uma queda de 62% frente a semana anterior e 72% inferior à média das últimas quatro semanas. O maior importador foi o México, com 162,5 mil toneladas. Analistas esperavam entre 700 mil a 1,3 milhão de toneladas.

Brasil

O mercado brasileiro manteve preços fracos nesta quinta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o cenário doméstico sofreu poucas alterações. “Os principais consumidores do país ainda apontam para uma posição mais confortável em seus estoques. Da mesma maneira que os produtores aumentam a intenção de venda”, comenta.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 42
      • Paraná: R$ 32,50
      • Campinas (SP): R$ 35,50
      • Mato Grosso: R$ 21
      • Porto de Santos (SP): R$ 35
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 34,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 34,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

      • Dezembro/2018: US$ 3,70 (-3,50 cent)
      • Março/2019: US$ 3,83 (-3,50 cent)

Café

Dia de baixa nos preços do café arábica negociado na Bolsa de Nova York. O mercado apresentou uma ampla volatilidade ao longo da sessão e chegou a ter boa valorização — chegando ao maior patamar desde 7 de junho de 2018 —, mas fechou no vermelho.

A alta do dólar contra o real no Brasil acabou estimulando um movimento de correção técnica após a forte subida no dia anterior e em parte da sessão da quinta-feira. Assim, houve movimentos de realização de lucros, justificando as quedas finais.

A bolsa mostra boa sustentação técnica e, assim, as perdas foram limitadas. A baixa do petróleo contribuiu para o movimento vendedor do café em NY.

Londres

Segundo traders, o mercado do robusta foi pressionado pela desvalorização do petróleo e tentou acompanhar o arábica em NY. Entretanto, a volatilidade do arábica dificultou um melhor direcionamento para o robusta em Londres, que acabou fechando próximo do zero a zero.

Brasil

Cotações domésticas em alta e o mercado com mais movimento. Apesar da baixa final do arábica em Nova York, os ganhos de parte do dia na bolsa, a subida do dólar e a demanda agressiva para alguns tipos de café puxaram as cotações.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

    • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 450 a R$ 455
    • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 455 a R$ 460
    • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 375 a R$ 380
    • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 338 a R$ 340
    • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

      • Dezembro/2018: US$c 122,05 (-0,50 cents)
      • Março/2019: US$c 125,85 (-0,40 cents)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

      • Novembro/2018: US$ 1.756 (+US$ 1)
      • Janeiro/2019: US$ 1.775 (-US$ 1)

Boi gordo

A cotação da arroba do boi gordo caiu em quatro praças pecuárias, subiu em uma delas e ficou estável nas restantes, segundo a Scot Consultoria. Ao todo, os analistas da empresa acompanham 32 pontos de negócios.

Devido ao consumo calmo e à oferta de bovinos confinados aumentando, as indústrias não estão indo às compras com afinco e pressionam as cotações em algumas regiões. A oferta de boiadas tem sido suficiente para atender a demanda desta época do mês, apontam analistas.

A única valorização foi no Sul de Minas Gerais, onde a cotação da arroba do boi gordo subiu R$ 1 na comparação dia a dia, alta de 0,7%.

Em São Paulo a cotação está estável e as escalas de abate atendem ao redor de seis dias.

Atacado

O mercado atacadista de carne bovina sente a demanda fraca e fechou em queda nesta quinta, aponta a Scot. A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 9,77 por quilo, recuo de 1,1% frente ao fechamento de 17 de outubro.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 149,50
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 144
      • Goiânia (GO): R$ 138
      • Dourados (MS): R$ 146
      • Mato Grosso: R$ 129,50 a R$ 134
      • Marabá (PA): R$ 134
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,55 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 150,50
      • Sul (TO): R$ 136
      • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana terminou em alta, encerrando três pregões consecutivos de queda. O dólar subiu 1,11%, cotado a R$ 3,7222, invertendo o cenário desta quarta, dia 17, quando fechou em queda de 1,04%, cotado a R$ 3,68. O Banco Central manteve os leilões tradicionais de swaps cambiais, sem efetuar vendas extraordinárias futuras da moeda.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), terminou a sessão em queda de 2,24%, com 83.847 pontos. Os papéis das principais empresas, chamadas de blue chip, seguiram a mesma tendência, com Petrobras fechando em baixa de 2,84%, Vale com menos 3,91%, Itaú desvalorizada em 2,97% e Bradesco com menos 2,76%.


Previsão do tempo para sexta-feira, dia 19

Sul

A frente fria avança em direção ao Sudeste e o tempo fica firme em grande parte da região Sul. A chuva ocorre apenas no litoral do Rio Grande do Sul, no leste de Santa Catarina e em todo Paraná, ainda com volumes que podem ser elevados no centro-norte paranaense.

No litoral de Santa Catarina, as rajadas de vento superam os 70 km por hora e há potencial para transtornos.

As temperaturas vão cair ainda mais, tanto pela manhã quando à tarde, especialmente no RS e no oeste catarinense, mas sem condições para frio extremo.

Sudeste

Uma nova frente fria se aproxima, aumentando o risco para temporais no centro-oeste e norte paulistas, Triângulo Mineiro, além do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tem previsão para volumes elevados de chuva. Existe condição para nevoeiro na faixa leste de SP.

Antes da chuva chegar, as temperaturas sobem em toda a região e depois diminuem por causa do tempo instável.

Centro-Oeste

A chuva se espalha por toda a região. Ainda há previsão de pancadas isoladas e de forte intensidade nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As precipitações em MT e MS vêm acompanhadas por atividade elétrica intensa, rajadas de vento moderadas e possibilidade para queda de granizo em pontos isolados.

Nordeste

Dia de tempo aberto na região. Apenas o Matopiba tem muita umidade e condição para chover isolado e de fraca intensidade.

No litoral leste também chove, sempre alternado por períodos de sol e tempo firme ao longo do dia.

As demais áreas têm apenas variação da nebulosidade e muito calor.

Norte

Ainda há previsão para pancadas de chuva em todos os estados, com acumulados bem expressivos em Rondônia e no sul do Pará.

No Tocantins, ainda chove a qualquer hora do dia e com volumes significativos.

Previsão de tempo abafado em toda região.

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