LEVANTAMENTO

Soja: Conab reduz estimativa da safra 2022/23

Entidade também fez projeções para a exportação, esmagamento, área e produtividade da oleaginosa

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (13) o 10º Levantamento da Safra 2022/23, referente a julho. Ainda que confirme a temporada recorde de soja, o balanço da entidade reduziu as suas estimativas em 0,8%.

Isso porque, em junho, apontava produção em 155.736,5 milhões de toneladas e, agora, prevê que 154.566,3 milhões de toneladas sejam colhidas.

Segundo o gerente de acompanhamento de safras da Companhia, Fabiano Vasconcelos, a redução se dá pelos resultados obtidos com o término da colheita no Rio Grande do Sul, no mês passado.

No último relatório, a Conab projetava que o estado gaúcho fosse produzir 14,513 milhões de toneladas. Porém, a nova projeção dá conta de 13,018 milhões de toneladas, redução de 10,3%.

“A produtividade foi maior do que a da última safra. No entanto, por conta ainda dos efeitos do La Niña, que causou restrição hídrica no estado, a Conab veio ajustando os números conforme os meses iam passando”, conta.

Assim, ao término dos trabalhos, o número consolidado de rendimento médio das lavouras do Rio Grande do Sul é de 1.986 kg por hectare, ou seja, 33,1 sacas. Apesar da baixa produtividade, o número é 38,6% superior ao registrado na safra 2021/22.

Área e produtividade brasileira

A décima edição do levantamento de safras da Conab indica que a área semeada com soja 44.062,6 milhões de hectares, incremento de 6,2% ante ao último ciclo.

Quanto à produtividade média da oleaginosa em solo nacional, a entidade indica 3.508 kg por hectare (58,4 sacas), aumento de 15,9% em relação a 2021/22.

Exportação e esmagamento de soja

soja exportação porto
Foto: Governo Federal

A Conab também fez estimativas para as exportações de soja, que continuam fixadas em 95,64 milhões de toneladas, aumento de 21,5% se comparado à safra anterior.

Já os números de esmagamento foram ajustados:

  • De 52,29 milhões de toneladas para 52,82 milhões de toneladas

O ajuste se deu por conta do aumento na produção de biodiesel. Assim, os estoques finais, antes  estimados em 7,51 milhões de toneladas, passaram para 7,43 milhões de toneladas.