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Notícias - Soja Brasil

Soja: consultoria prevê quebra no RS e reduz estimativa para safra do país

Os problemas causados pela seca no Rio Grande do Sul devem gerar um corte de quase 11% na safra do estado. O Brasil, no entanto, ainda deve colher safra recorde

soja seca no rio grande do sul, seguro
Foto: arquivo pessoal

A consultoria Safras & Mercado prevê que a safra de soja 2019/2020 do Brasil deve atingir um recorde de 123,5 milhões de toneladas. Isso significa um incremento de 3,6%, ante a safra anterior, que segundo a consultoria foi de 119,3 milhões de toneladas. O relatório divulgado nesta sexta-feira, 10, mostra que os problemas causados pela seca no Rio Grande do Sul devem gerar um corte de quase 11% na safra do estado.

Apenas 5 estados, dos 17 acompanhados pela consultoria, devem apresentar uma produção menor se comparado à safra anterior: Santa Catarina (-2,1%), Distrito Federal (-4,8%), Bahia (-3%), Rondônia (-0,3%) e, o caso mais preocupante, o Rio Grande do Sul (-10,9%), já considerando uma quebra por conta do clima.

Os gaúchos devem produzir 18,2 milhões de toneladas nessa safra, segundo o relatório atual da consultoria. No anterior, de dezembro, a perspectiva era de 19,9 milhões de toneladas.

“A baixa umidade registrada na segunda quinzena de dezembro e início de janeiro em algumas microrregiões importantes do Rio Grande do Sul trouxe problemas para o desenvolvimento das plantas e as lavouras mais precoces foram as que mais sofreram. Parte das perdas é irreversível”, afirma o analista da Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez.

E as perdas podem ficar ainda maiores, caso o clima não melhore nas próximas semanas, acredita o analista. “Se o clima não melhorar a quebra pode aumentar. As próximas quatro semanas serão decisivas para o estado”, conta.

Por estados

Área e produtividade

A consultoria trabalha com uma área de 37 milhões de hectares, com aumento de 1,8% sobre o ano anterior e batendo novo recorde. No ano passado, a área ocupou 36,3 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 3.354 quilos por hectare, superando o rendimento médio de 3.296 quilos obtido no ano passado.

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