Análise do Cepea aponta que, mesmo com a baixa nas cotações internacionais, os preços internos vai manter a oleaginosa competitiva frente a outras culturas
Os preços da soja no mercado interno estão maiores que os de um ano atrás, mas em dólar, estão bem menores. Mesmo assim, o cultivo da oleaginosa continua vantajoso. A tendência para o próximo ciclo é de uma área plantada ainda maior, por causa da competitividade do grão frente a outras culturas.
O ano de 2015 acabou com o cultivo da soja na reta final, especialmente na região denominada de Matopiba [Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], ao mesmo tempo em que a colheita no Paraná e em Mato Grosso se aproximava.
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As poucas chuvas em várias regiões do Cerrado brasileiro entre final de novembro e dezembro, no entanto, causam preocupação. Em dezembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou estimativa de que a soja ocupe 33,2 milhões de hectares na temporada 2015/2016, crescimento acumulado de 45,9% nos últimos 10 anos-safra.
No mesmo período, a produtividade deu um salto de 27,6%, tomando-se como referência os números previstos para a temporada atual (3.087 kg/ha), o que elevou a oferta em 86,2%, caso sejam confirmadas as 102,5 milhões de toneladas previstas para a safra corrente – todos números recordes. Da oferta nacional, a estimativa da Conab é de que 44,5 milhões de toneladas sejam processadas internamente e 57,5 milhões de toneladas da soja em grão, exportadas – também recordes.
O processamento interno deve gerar 31,19 milhões de toneladas de farelo, sendo que 15,5 milhões de toneladas devem ser consumidas internamente e volume equivalente, exportado. Também devem ser gerados 7,9 milhões de toneladas de óleo de soja, com 6,4 milhões de toneladas sendo direcionadas ao mercado interno e 1,4 milhão de toneladas, exportadas. No geral, produtores brasileiros apostam que o dólar permanecerá em níveis elevados.
Com informações do Cepea.