Os custos de produção da próxima safra de grãos 2020/2021 deverão ter uma alta acentuada, decorrente do repasse da alta do câmbio para os preços dos principais insumos, de acordo com a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. O Brasil importa 75% dos fertilizantes e 57% dos defensivos que demanda anualmente.
Entretanto, o mesmo câmbio que elevará os custos dos insumos também deve sustentar os preços dos grãos na próxima temporada. “As margens dos produtores, de modo geral, deverão recuar em relação àquelas vistas na atual safra 2019/2020, mais ainda permanecerão em níveis elevados”, diz.
No caso da soja, por exemplo, os custos de produção devem subir até 13,6% e margem ebitda deverá recuar de 60,1% em 2019/2020 na região Sul para 58,3% em 2020/2021, enquanto nos Cerrados a retração deve ir de 34,7% para 31%, no mesmo comparativo.
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“Soja, milho, arroz e trigo devem registrar margens elevadas em 2020/2021, embora abaixo da safra atual, enquanto o algodão deverá sofrer uma queda acentuada, em decorrência do recuo dos preços globais da pluma, afetados pela baixa do preço do petróleo”, afirma.