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Boi: mercado físico tem estabilidade, enquanto futuro segue em baixa
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Milho: Chicago cai forte e preço em Campinas (SP) volta a ficar abaixo de R$ 90 por saca
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Soja: cotações despencam em Chicago e pressionam mercado brasileiro
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Café: Nova York volta a recuar e carrega preços no Brasil
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No Exterior: pedidos de seguro desemprego ficam piores que os projetados nos EUA
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No Brasil: bolsa fecha em queda um dia após Banco Central elevar os juros
Agenda:
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Argentina: atualização da condição das lavouras do país
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Brasil: dados das lavouras do Mato Grosso (Imea)
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EUA: posição líquida dos fundos no mercado futuro (CFTC)
Boi: mercado físico tem estabilidade, enquanto futuro segue em baixa
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a arroba do boi gordo registrou preços estáveis no mercado físico brasileiro. O analista Fernando Iglesias voltou a observar alguns negócios pontuais acima da referência média das cotações em algumas regiões importantes. Além disso, também é possível verificar um bom ritmo de embarques de carne bovina, sobretudo para a China, no decorrer do mês de junho.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo recuaram novamente e chegaram às mínimas observadas em abril deste ano, no começo do movimento da safra. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 320,50 para R$ 318,30, do outubro foi de R$ 328,70 para R$ 325,15 e do novembro, de R$ 332,05 para R$ 328,45 por arroba.
Milho: Chicago cai forte e preço em Campinas (SP) volta a ficar abaixo de R$ 90 por saca
O indicador do milho do Cepea teve um dia de baixa dos preços, acompanhando a forte queda em Chicago. A cotação variou -2,23% em relação ao dia anterior e passou de R$ 91,6 para R$ 89,56 por saca. Em Chicago, o vencimento para dezembro recuou 6,99% e passou de US$ 5,724 para US$ 5,324 por bushel.
Os contratos futuros do milho negociados na B3 aumentaram a sequência de baixas com mais uma forte queda influenciada pela expressiva desvalorização observada em Chicago. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 87,16 para R$ 82,80, do setembro caiu de R$ 87,42 para R$ 83,05 e do março de 2022 recuou de R$ 90,90 para R$ 86,37 por saca.
Soja: cotações despencam em Chicago e pressionam mercado brasileiro
Em Chicago, os contratos futuros da soja chegaram ao quinto dia consecutivo de queda, com um recuo acumulado no período de 14,17%. O vencimento para novembro caiu 6,75% e passou de US$ 13,432 para US$ 12,526 por bushel. O mercado de commodities foi bastante impactado pela possibilidade de o Banco Central dos Estados Unidos ter que elevar os juros mais cedo que o projetado. Com isso, os investidores buscam posições mais seguras e liquidam as que possuem em commodities.
No Brasil, o indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) ficou muito próximo de registrar a menor cotação do ano. A cotação variou -2,76% em relação ao dia anterior e passou de R$ 161,32 para R$ 156,86 por saca. No acumulado do ano, o indicador valorizou 1,92% e em 12 meses, os preços alcançaram 41,32% de alta.
Café: Nova York volta a recuar e carrega preços no Brasil
Em Nova York, as cotações do café arábica seguiram a tendência de outras commodities agrícolas e recuaram de maneira expressiva, chegando às mínimas em praticamente um mês. O vencimento para setembro recuou 2,48% na comparação com o dia anterior e passou de US$ 1,5545 para US$ 1,5160 por libra-peso.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços no Brasil seguiram a queda observada no exterior. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação caiu de R$ 820/825 para R$ 800/805, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação passou de R$ 830/835 para R$ 810/815.
No Exterior: pedidos de seguro desemprego ficam piores que os projetados nos EUA
Um dia após o Banco Central dos Estados Unidos reafirmar a recuperação econômica do país, mas pontuar que o mercado de trabalho segue distante dos níveis ótimos, os pedidos de seguro desemprego ficaram piores que os projetados por analistas de mercado. Os investidores esperavam a continuidade da queda observada nos últimos resultados, mas foram surpreendidos com um aumento nos pedidos.
Outro destaque no mercado internacional foi a queda do petróleo, que seguiu a baixa observada em outras importantes commodities como soja, milho, trigo e café. O barril do tipo Brent teve desvalorização de 1,84% na passagem de dia e ficou cotado a US$ 73,02, logo após registrar o quinto dia consecutivo de alta e atingir US$ 75.
No Brasil: bolsa fecha em queda um dia após Banco Central elevar os juros
O Ibovespa fechou em queda um dia depois do Banco Central elevar a taxa Selic para 4,25% ao ano, porém, os destaques foram as empresas ligadas às commodities. O índice da bolsa brasileira teve uma baixa de 0,93% na comparação diária e fechou cotado a 128.057 pontos. O Senado Federal aprovou a MP que viabiliza a privatização da Eletrobras, o texto agora volta à Câmara em virtude das alterações feitas pelos senadores.
Enquanto isso, o dólar comercial fechou em queda de 0,74% e ficou cotado a R$ 5,022. O movimento mostra a tendência de força da moeda brasileira nos últimos meses, pois após a reunião do Banco Central dos Estados Unidos desta quarta-feira, o dólar se fortaleceu em relação a grande parte das outras moedas.