Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, 12, com preços em forte baixa. A consultoria Safras diz que o mercado sentiu o movimento de aversão ao risco por conta da pandemia do coronavírus, que trouxe um forte impacto nos preços do petróleo e provocou perdas acentuadas nos mercados acionários e de commodities.
A soja para maio fechou com desvalorização de 13,75 centavos de dólar, ou 1,57%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,59 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 8,65 por bushel, retração de 14,75 centavos de dólar, ou 1,67% em relação ao fechamento anterior.
A fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicando que poderá declarar emergência nacional por conta do surto do novo coronavírus, também influenciou negativamente, assim como o sentimento de uma fraca demanda para a oleaginosa norte-americana.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/2020, com início em 1º de setembro, ficaram em 302,8 mil toneladas na semana encerrada em 05 de março. O número representa uma retração de 12% frente à semana anterior e um recuo de 34% ante à média das últimas quatro semanas. O Japão liderou as importações, com 120 mil toneladas.
Para a temporada 2020/2021, são mais 1,4 mil toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 150 mil a 750 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).