Entretanto, cenário continua pouco animador para os sojicultores, que enfrentam o menor nível de preço dos últimos quatro anos
O preço da soja mato-grossense apresentou alta semanal de 1,13%, fechando a R$ 52,21/saca. A reação ocorreu devido aos ganhos nos contratos curtos na Bolsa de Chicago (CBOT) e no dólar. Os contratos de curto e longo prazo na CBOT apresentaram alta na semana, motivados pelas condições climáticas adversas nos EUA e pela movimentação financeira em Chicago. Os dados são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
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O preço de paridade de exportação para março/2015 apresentou alta de 4,28% fundamentada pela elevação do dólar e das cotações em Chicago. O prêmio de outubro/2014 no porto de Paranaguá apresentou forte recuo de 41,18%, por causa das altas dos contratos de curto prazo na CBOT.
Entretanto, apesar de as cotações de soja na CBOT apresentar o menor nível dos últimos quatro anos, próximas a US$ 9,54/bushel, estas vêm ganhando suporte neste momento com o clima pouco favorável para a colheita de soja nos EUA e por uma movimentação intensa de fundos de investimentos, que estão negociando seus ativos em decorrência da situação atual da economia mundial.
Mesmo com alguns fatores pontuais que acabam sustentando as cotações, diante da expectativa de grande oferta, o mercado pode apresentar novas baixas, influenciando diretamente o mercado brasileiro.
Problemas climáticos
Enquanto os grandes volumes de chuvas nos Estados Unidos estão atrapalhando a colheita de soja norte-americana, em Mato Grosso a situação é oposta, andando contra a tendência dos últimos anos, de grandes volumes de chuvas em outubro.
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Na última semana a semeadura da soja atingiu apenas 9,3% na média do Estado, revertendo o ritmo satisfatório das semanas anteriores e registrando, agora, um atraso anual de mais de 18 p.p. Já se fala em ressemeadura em grande parte do Estado, no entanto, os casos consolidados ainda são bastante pontuais.
A situação pode começar a melhorar nesta semana com previsões do NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) mostrando elevação nos volumes de chuva, que devem ficar satisfatórias na última semana de outubro, quando na média histórica a semeadura deveria atingir mais de 50%. Ainda é cedo para dizer se haverá perdas, no entanto, caso a situação não se reverta poderá trazer ainda mais preocupação para o produtor.
IMEA