Caravana Soja Brasil, que aconteceu em Piracanjuba, mostrou aos produtores presentes a importância do refúgio na cultura
André Anelli, de Piracanjuba (GO)
A Caravana Soja Brasil esteve em Piracanjuba (GO), onde orientou produtores rurais a seguir as boas práticas agronômicas para manter o funcionamento das sementes transgênicas. O município é referência em adoção da tecnologia.
Nesta temporada, o município localizado no sudeste goiano, espera superar os 60 mil hectares plantados de soja. Por lá, quase toda a área já foi semeada e o Sindicato Rural do município estima que mais de 90% dos produtores irão utilizar sementes transgênicas.
“A vantagem é o controle de pragas, de ervas daninhas e consequentemente a produtividade maior. Com menos pragas e insetos na lavoura a produtividade aumenta”, conta o presidente do Sindicato Rural de Piracanjuba, Eduardo Iwasse..
Para que a tecnologia continue em funcionamento na região, a Caravana Soja Brasil destacou a importância do respeito ao refúgio sanitário de pelo menos 20% da lavoura com sementes convencionais. O especialista do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) explicou que a área convencional serve para reprodução de pragas não resistentes às plantas transgênicas.
“A área de refúgio é importante porque é fonte dos indivíduos suscetíveis que vão migrar para área de tecnologia BT e vão cruzar com o indivíduo resistente, gerando o que chamamos de heterozigoto suscetível”, diz o consultor do CIB, Alexandre Gazolla.
Além do refúgio, o especialista também alerta o produtor para a escolha de sementes certificadas na área transgênica, para que a tecnologia funcione. “É preciso ter uma semente com alta qualidade fisiológica e com pureza genética que ajude no estabelecimento. Então vigor e germinação são fundamentais para o agricultor ter um bom resultado”, conta Gazolla.
Além da biotecnologia, os produtores rurais ainda acompanharam palestras sobre o mercado da soja no cenário internacional; diversificação de culturas para benefício da soja.
sonora: joaquim josé rodrigues, agricultor “Todo evento que aborda mercado e esses temas aí que a atividade está ligada diretamente, é muito bom”, afirma.