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Soja

Soja fecha com preços indefinidos no Brasil

A expectativa de corte no juro básico da economia americana, no entanto, fez o preço da oleaginosa subir em Chicago

O mercado brasileiro de soja não teve reportes de negócios relevantes nesta quarta-feira. A variação dos preços da oleaginosa nas principais praças do Brasil foi mista. 

Os fechamentos do câmbio e da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) seguiram direções opostas, com o dólar comercial caindo – na comparação com o real – ao menor nível em três meses. Já a CBOT fechou sua terceira  sessão consecutiva de ganhos.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 74,50 para R$ 75,50 a saca. Na região das Missões, a cotação valorizou de R$ 73,50 para R$ 74,50.  No porto de Rio Grande, preço passou de R$ 79,00 para R$ 79,50. 

Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 71,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 79,00. 

Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 68,50 para R4 67,00. Em Dourados (MS), a cotação recuou em R$ 69,00 para R$ 68,00. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 69,00.

Chicago 

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais altos. A expectativa de corte nojuro básico da economia americana e também em torno do relatório de julho do

Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) garantiu a terceira sessão seguida de ganhos. 

Após fala do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, a perspectiva de corte no juro aumentou. Tal expectativa está pressionando o dólar frente a outras moedas e sustenta os mercados acionários dos Estados Unidos – podendo respingar nos preços futuros dos grãos, que ficam mais competitivos na exportação com o dólar fraco.  

O Departamento deverá indicar redução na estimativa para a safra americana de soja em 2019/20. O relatório de julho do Departamento será divulgado nesta quinta, 11, às 13hs.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA indicará produção americana em 2019 de 3,85 bilhões de bushels, contra 4,150  bilhões indicadas em junho e 4,544 bilhões do ano anterior. 

Em relação aos estoques de passagem, o USDA deverá reduzir a sua estimativa para 2018/19 de 1,07 bilhão para 1,038 bilhão de bushels. Para a temporada 2019/20, o carryover deve cair de 1,045 bilhão para 812 bilhões de bushels. 

 Os estoques globais da oleaginosa deverão ser reduzidos de 112,8 milhões de toneladas para 112,6 milhões de toneladas em 2018/19. Para a próxima temporada, a expectativa é de estoques de 110,7 milhões, contra 112,7 milhões projetados em junho.  

O mercado também deverá prestar atenção aos dados de produção na América do Sul em 2018/19. A safra brasileira deverá ficar praticamente inalterada, na casa de 117 milhões de toneladas. O USDA, no entanto, poderá elevar sua previsão para a Argentina, passando de 56 milhões para 56,1 milhões de toneladas.  

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 8,50 centavos de dólar por libra-peso ou 0,95%, a US$ 8,94 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,12 3/4 por bushel, com ganho de 8,50 centavos de dólar por libra-peso ou 0,94%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com queda de 0,70%, sendo negociado a R$ 3,7590 para venda e a R$ 3,7570 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7520 e a máxima de R$ 3,7930.

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