O mercado brasileiro de soja teve uma quarta-feira (8) movimentada. A comercialização já era expressiva logo pela manhã, na abertura dos negócios, quando Chicago e dólar apresentavam boas altas. Nesses momentos, foram registrados os melhores preços.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, foram movimentados grandes volumes no dia: algo entre 300 mil e 400 mil toneladas. Os principais negócios foram observados no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Veja os preços da soja disponível
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 144 para R$ 147
- Região das Missões: avançou de R$ 142 para R$ 145
- Porto de Rio Grande: aumentou de R$ 153 para R$ 155
- Cascavel (PR): cresceu de R$ 135 para R$ 137
- Porto de Paranaguá (PR): valorizou de R$ 145 para R$ 147
- Rondonópolis (MT): passou de R$ 127,50 para R$ 128
- Dourados (MS): foi de R$ 126 para R$ 129
- Rio Verde (GO): subiu de R$ 128 para R$ 129
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mistos, em dia de muita volatilidade.
As primeiras posições encontraram suporte na boa demanda chinesa pela soja americana e pelas preocupações no clima no Brasil, mas encerrou abaixo das máximas.
As mais distantes recuaram, se ajustando antes do relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã.
O Departamento anunciou hoje a venda por parte de exportadores privados de 433 mil toneladas para a China e 132 mil toneladas para destinos não revelados. Também houve uma operação envolvendo 344.500 toneladas de soja recebidas no período coberto pelo relatório para destinos não revelados na temporada comercial 2023/24.
Relatório USDA
No relatório desta quinta-feira (9), o USDA deverá reduzir a sua estimativa para a safra norte-americana de soja em 2023/24, no relatório de novembro. Os estoques finais deverão ser elevados.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 221 milhões de bushels em 2023/24. Em outubro, a previsão ficou em 220 milhões de bushels.
A safra americana deverá ser indicada em 4,098 bilhões de bushels para 2023/24, contra 4,104 bilhões apontados em outubro. No ano passado, a safra ficou em 4,270 bilhões.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 102 milhões de toneladas, contra 101,9 milhões indicados em outubro. Para 2023/24, a
estimativa do mercado é de 115,6 milhões, o mesmo número do relatório anterior.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 3,75 centavos ou 0,27% a US$ 13,65 3/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 13,77 por bushel, ganho de 3,00 centavos de dólar, ou 0,21%, na comparação com o dia anterior.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 2,40 ou 0,53% a US$ 449,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 49,95 centavos de dólar, com alta de 0,46 centavo ou 0,92%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,68%, sendo negociado a R$ 4,9046 para venda e a R$ 4,9066 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8712 e a máxima de R$ 4,9169.