Soja em Mato Grosso do Sul valoriza 29% em um ano

Se levar em conta a cotação de R$ 4, atingida nesta terça, dia 22, o aumento acumulado é de 36% no estado

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) avalia que o dólar acima de R$ 4 compensa as quedas dos futuros na Bolsa de Chicago ao elevar os preços pagos aos produtores no estado.

Segundo a gestora do departamento economia da Famasul, Adriana Mascarenhas, em Mato Grosso do Sul o preço médio da soja era de R$ 71,52/saca entre 1º a 22 de setembro, ante R$ 55,46/saca em igual período do ano passado, alta de 29%. Se for considerada a elevação observada quando o dólar bateu a marca dos R$ 4, a alta é ainda maior, de 36%.

– Ainda que a escalada do dólar tenha elevado o custo de produção em 2015/16, a moeda norte-americana firme continua a compensar a queda dos preços em Chicago – afirma Adriana.

• Exportação de soja deve crescer 4% nesta safra

O dólar acumula ganho de 69,10% em um ano, enquanto o vencimento mais líquido da CBOT, o de novembro, tem queda de 8,15% no período. Ela salienta que essa situação favorece produtores porque, apesar do atraso na liberação do crédito oficial, a maior parte deles já adquiriu o que precisa para dar início ao plantio.

– Com relação aos insumos, é preciso levar em consideração que produtor foi adquirindo insumos com dólar mais baixo para a safra que está plantando agora – comenta.

Vendas antecipadas

A Famasul estima que 32% dos produtores negociaram antecipadamente a safra 2015/2016, ante até 50% em outros estados, e por isso oportunidades de pico da moeda norte-americana continuarão sendo aproveitadas. Segundo a analista, os preços atrativos da soja desde o início do ano graças ao câmbio também permitiram que parte dos produtores sul-mato-grossenses adquirisse insumos com recursos próprios.

Para a gestora, o dólar a R$ 4 ameniza a tensão de sojicultores locais com a queda da soja em Chicago nos últimos meses, pressionada pela ampla oferta global, e torna o produto brasileiro ainda mais atrativo no mercado internacional.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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