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Soja sobe no Brasil, mas produtor segue retraído nos negócios

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços em baixa

colheita da soja
Foto: RR Rufino/ Embrapa

Os preços da soja voltaram a subir nesta terça-feira no mercado brasileiro, acompanhando a alta do dólar frente ao real. Mesmo assim, o produtor segue retraído, limitando a negociação e ajudando a sustentar as cotações.  

Destaque para o bom volume de negócios no Paraná hoje, envolvendo cerca de 100 mil toneladas. No total, 250 mil toneladas trocaram de mãos em todo o país.  

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 85,50 para R$ 86,00 a saca. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 85,00 para R$ 85,50. No porto de Rio Grande, o preço subiu de R$ 90,00 para R$ 90,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 84,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 90,00 para R$ 90,50. 

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 81,00 para R$ 81,50. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 82,00 para R$ 82,50. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 81,00 para R$ 81,50.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta terça-feira com preços em baixa. Após esbarrar ontem nos melhores níveis desde o início de abril, o mercado realizou lucros.  

Sinais de queda na demanda chinesa em meio ao surto de gripe suína africana ajudou a pressionar o mercado. O rebanho chinês de suínos caiu 41,1% em setembro ante igual período de 2018, segundo o Ministério de Agricultura do país. As perdas, porém, são limitadas pelo clima adverso nos Estados Unidos. 

Os números de esmagamento e inspeções de exportação divulgados hoje decepcionaram o mercado. A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) informou que o esmagamento de soja atingiu 152,566 milhões de bushels em setembro, ante 168,08 milhões em agosto. A expectativa do mercado era de 162,2 milhões. Em setembro do ano passado, somou 160,77 milhões de bushels. 

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 954.881 toneladas na semana encerrada no dia 10 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 1 milhão de toneladas.

Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1.051.582 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 1.224.667 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 5.161.002 toneladas, contra 4.804.625 toneladas no acumulado do ano-safra anterior. 

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 6,50 centavos ou 0,69% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,34 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 9,48 1/2 por bushel, com perda de 6,50 centavos ou de 0,68%. 

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 3,10 ou 0,99% a US$ 307,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 30,39 centavos de dólar, ganho de 0,39 centavo ou 1,3% na comparação com o fechamento anterior. 

Câmbio 

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,94%, sendo negociado a R$ 4,1660 para venda e a R$ 4,1640 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,1220 e a máxima de R$ 4,1680.

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